Prefeitura promete manter o cerco às casas noturnas

A Prefeitura de Campinas informou que o trabalho de fiscalização nas casas noturnas da cidade irá continuar durante esta semana e deverá priorizar aquelas que descumpriram a ordem de interdição.

Durante o Carnaval, o Correio flagrou o desrespeito à determinação em algumas casas noturnas, que abriram as portas. Representantes da Espaço Mog e Armorial rebateram as informações de que estariam irregulares.

Já o Woodstock Music Bar, no Chapadão, que aparecia na lista da Prefeitura como sendo uma das casas interditadas, não recebeu a vistoria após a publicação do decreto municipal que deflagrou a operação nas boates e bares da cidade — no final de janeiro — e, portanto, foi retirada da lista.

Com isso, o número de casas noturnas interditadas em Campinas caiu para 14. O balanço atualizado será apresentado nesta quinta-feira (14). Na quarta, a Prefeitura retificou a interdição do Woodstock Music Bar, localizado no Chapadão.

De acordo com a Administração, o estabelecimento não recebeu os fiscais durante os trabalhos iniciados em janeiro, mas disse que o bar aparecia na lista porque ainda há documentos a serem entregues na Secretaria de Urbanismo.

Um dos proprietários da casa, Reinaldo Silva, afirmou que a burocracia da Prefeitura atrasa a liberação de documentação, mas que sempre se preocupou com a segurança dos frequentadores do espaço, mesmo antes das ações da Prefeitura.

“É um bar para 80 pessoas. Temos extintores, colocamos mais. Iluminação, luzes de emergência, sempre tivemos. Além disso, não tem nada no bar que propague chamas e, em caso de emergência, conseguiríamos evacuar o bar em 30 segundos”, justificou.

Sobre a documentação atrasada, conforme apontou a pasta, Silva disse que depende de uma resposta da Prefeitura.

O Espaço Mog, que também foi flagrado aberto pela reportagem na noite de domingo (10) afirmou, por e-mail, que conseguiu a documentação na sexta-feira (8).

Mas a Prefeitura negou que tivesse concedido o documento ao estabelecimento e informou que a casa ainda não foi liberada para a reabertura.

Sobre a casa Armorial, que segundo seu representante, Thiago Zímaro, já passou por vistoria da Prefeitura após a adequações exigidas pelos Bombeiros, a Administração informou que ainda falta vistoria da Vigilância Sanitária e só depois disso irá avaliar a concessão do alvará.

Sobre possíveis penalidades aos que reabriram sem autorização, a Prefeitura informou que isso é possível apenas com a constatação dos fiscais.