neste semestre

Prefeitura planeja inaugurar UPA Suleste

Pronta desde 2017, unidade aguarda por equipamentos e funcionários

Rafaela Dias
18/07/2018 às 07:56.
Atualizado em 28/04/2022 às 07:36
Localizado no bairro Carlos Lourenço, local tem capacidade para atender cerca de 500 pacientes ao dia  (Lizandra Perobeli/AAN)

Localizado no bairro Carlos Lourenço, local tem capacidade para atender cerca de 500 pacientes ao dia (Lizandra Perobeli/AAN)

As obras da UPA Suleste, no bairro Carlos Lourenço, em Campinas, estão oficialmente prontas desde o dia 27 de maio do ano passado, mas até ontem nenhum atendimento havia sido realizado na unidade. O prédio, segundo a Prefeitura, está sendo equipado e os profissionais da Saúde passam por processo de contratação pele Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. A UPA custou R$ 4,8 milhões e tem capacidade para atender 500 pacientes ao dia. A nova unidade vai exigir investimentos mensais de R$ 1,8 milhão. Desses, R$ 1,3 terão de sair do orçamento municipal, já que a União repassa um teto de R$ 500 mil mensais. A expectativa é que ainda no segundo semestre a população comece a ser atendida, segundo a Administração. A demora no atendimento tem revoltado os moradores da região, que precisam buscar assistência nos postos de saúde vizinhos ou nos hospitais municipais. “Se o prédio está pronto, porque não abre para a população? Hoje mesmo precisei de uma consulta ao ortopedista e tive que cruzar a cidade. Não faz nenhum sentido tanto investimento à toa?”, questionou a confeiteira Benedita Aparecida Argeu Mendonça, de 61 anos. “O prédio é lindo, mas na prática não funciona, como muita coisa nessa cidade”, reclamou. O aposentado Fernando Tafarelo, de 80 anos, deficiente auditivo, precisa de acompanhamento constante e sofre com a falta do serviço. “Costumo ir no Centro de Saúde Vila Orosimbo Maia. Não é tão longe, mas sou vizinho da UPA, não faz sentido eu não poder ser atendido aqui, já que o prédio está pronto faz um tempão”, falou. Promessas A Secretaria de Saúde havia afirmado que parte das máquinas tinham sido compradas e que a UPA contaria com os trabalhos de funcionários que atuavam na UPA Centro, desativada em novembro de 2016 por problemas de falta estrutura e de higiene, incluindo áreas de medicação e esterilização. A Administração municipal também cogitava a possibilidade de convocar médicos aprovados em concursos públicos, caso fosse necessário. Em nota, a pasta afirmou que nenhuma das informações estão confirmadas e que ainda estão sendo feitos levantamentos da necessidade de equipamentos e funcionários. A Prefeitura garantiu ainda que o prédio tem vigilância e que não será alvo de vandalismo até ser ocupado, mas a reportagem do Correio Popular foi até lá e não encontrou ninguém. “Só tem vigilante à noite”, comentou uma moradora que passava pela UPA. A Secretaria de Saúde informou ainda, por meio de nota, que investe na recuperação e ampliação de rede de urgência e emergência de Campinas, criando a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. Além disso, justificou que iniciou a construção do Pronto-Socorro Metropolitano, reformou as Unidades de Pronto Atendimento São José, Anchieta e Campo Grande e inaugurou o primeiro PS Odontológico do município. Outro investimento previso segundo o Executivo é a reforma do PS Ouro Verde. “Pode até ser que a Prefeitura tenha outras prioridades, mas com certeza nossos impostos foram investidos nesse prédio e queremos ver o retorno. Duvido que reabra no segundo semestre, afinal, ele já começou. Quem sabe quando começar a disputa eleitoral, não é mesmo?", indagou o aposentado José Valdemar Teixeira, de 82 anos. A entrega estava prevista para o final de 2011, mas mesmo com a estrutura construída, o prédio está parado há cerca de 6 anos. A expectativa é que 250 mil pessoas serão beneficiadas pela unidade. 

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