FASE EMERGENCIAL

Prefeitura insiste em estratégia ineficaz de barreira

Guardas abordaram mil carros nos finais de semana, mas resultado é insuficiente para controlar circulação do vírus

Gilson Rei/ Correio Popular
30/03/2021 às 11:26.
Atualizado em 21/03/2022 às 23:08

Prefeitura insiste em estratégia ineficaz de barreira (Prefeitura Municipal de Campinas)

Motoristas de 1.093 veículos foram abordados em barreiras sanitárias para conter a disseminação da covid-19 em Campinas nos quatro primeiros dias de operação - entre sexta-feira e ontem. Por ser uma metrópole com mais de 1,1 milhão de habitantes, este volume de abordagens ainda é considerado insuficiente para evitar novos contágios do vírus.

Desde o primeiro dia, a estratégia teve pouca duração em poucos pontos da cidade, deixando livre para os visitantes quase todas as entradas no período de 24 horas.

Em média, três barreiras por dia são realizadas em entradas da cidade por um período de três a quatro horas. Nos quatro dias, oito pontos da cidade foram escolhidos.

A Prefeitura, por meio de assessoria, informou que 297 veículos foram abordados ontem, porém não divulgou onde aplicou esta operação. Reforçou que não vai divulgar com antecedência para a população os locais e horários para manter o "elemento surpresa" como forma de conscientização.

No final de semana, 533 veículos foram alvo da fiscalização e orientação: sendo 317 no sábado e mais 216 veículos no domingo. Os pontos escolhidos foram três no sábado (rodovia Heitor Penteado; avenida Mackenzie e avenida Guilherme Campos) e três no domingo (avenida Doutor Theodureto de Almeida Camargo; rodovia Heitor Penteado e avenida Mackenzie).

No primeiro dia da operação com barreiras sanitárias, 263 veículos foram abordados em quatro pontos (avenida Prestes Maia; avenida Engenheiro Francisco de Paula Souza; avenida Lix da Cunha; e avenida Engenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier).

Ineficaz

A população entrevistada ontem em semáforos da cidade criticou a medida adotada pela Prefeitura. O engenheiro agrônomo Mario Alves Siqueira desabafou: "Não serve para nada. Ficar com barreiras por poucas horas em alguns pontos não surte efeito algum. Muita gente que ganhou o feriadão em São Paulo já deve estar em Campinas desde sexta-feira", comentou.

Joana Gomes Santos, veterinária, foi crítica. "Poucos veículos estão sendo abordados e não há como monitorar com segurança se a cidade está recebendo pessoas contaminadas, principalmente as pessoas que estão na Capital e ganharam os dias de folga", afirmou.

Jaguariúna e região

Ao contrário do que ocorreu em Campinas, as barreiras sanitárias realizadas no final de semana em Jaguariúna atingiram o objetivo, que era desestimular a ida de turistas para a cidade.

Entre sexta-feira e domingo, 350 pessoas foram abordadas e orientadas nos nove acessos à cidade. Desse total, 144 pessoas eram de outras cidades e 91 foram orientadas a voltar para casa.

Maurício Cezar Verdi, comandante da Polícia Municipal de Jaguariúna, explicou que as barreiras são um grande sucesso. "A meta é desestimular as pessoas e os turistas a virem para cidade", afirmou.

Outros municípios da região realizaram também barreiras nas entradas principais durante todo o dia no final de semana, incluindo cidades como Vinhedo, Valinhos, Hortolândia, Sumaré, Santa Bárbara e Paulínia.

ERRATA

Ao contrário do que informa legenda de foto publicada na capa do jornal Correio Popular (28/03), as floriculturas estão enquadradas como atividade essencial, uma vez que integram a cadeia de abastecimento do agronegócio. 

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por