Prefeitura está prestes a finalizar esterilização de capivaras no Taquaral

Das 200 capivaras recenseadas em Campinas para o procedimento cirúrgico de esterilização para controle reprodutivo (vasectomia e salpingectomia), 114 já passaram pelo processo, todas habitantes da Lagoa do Taquaral, média de aproximadamente 16 cirurgias por mês desde o inicio do processo, em outubro do ano passado. Os trabalhos no parque espaço devem ser finalizados até o final desta semana, segundo informou a Prefeitura ao Correio Popular.

A previsão é que o Departamento de Bem-Estar Animal (DPBEA) da cidade inicie ainda neste mês a segunda etapa do programa de esterilização com as capivaras do Lago do Café. A ação também será feita no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e o Parque das Águas. “O DPBEA deve iniciar a ceva das capivaras do Lago do Café, que estão sendo monitoradas pelo órgão há cerca de 10 dias”, informou a Administração. A ceva consiste no processo de oferecer alimentos controlados em horários e locais específicos com o objetivo do confinamento.

O objetivo principal do projeto é estabilizar a população de capivaras (uma das hospedeiras do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa) e tentar controlar a reprodução desses animais. Isso ocorre porque os indivíduos mais jovens têm maior probabilidade de serem parasitados por carrapatos infectados, o que pode resultar na presença de bactérias na corrente sanguínea, levando à disseminação da bactéria causadora da febre maculosa para outros carrapatos anteriormente não infectados.

Questionada sobre o número total de capivaras que nasceram nos parques públicos desde que o levantamento teve início, uma vez que o censo foi finalizado em junho de 2023 e a ideia é controlar a reprodução dos animais, a Prefeitura limitou-se a responder que “as populações de capivaras variam de tamanho naturalmente de maneira sazonal em função de disputas próprias da espécie, do território e da oferta ou escassez de alimentos”.

No entanto, o DPBEA garantiu que os filhotes também serão castrados e que isso já estava previsto no custo da licitação. “Até o momento não há qualquer impacto relacionado ao custo do processo licitatório, uma vez que foram considerados fatores como o nascimento de novos indivíduos durante a época reprodutiva, bem como a própria dinâmica das capivaras em parques onde eventualmente podem entrar novos animais. É importante salientar que os lançamentos são realizados de forma individual, por animal manejado."

Campinas não registrou nenhum caso confirmado de febre maculosa em 2025, mas vale ressaltar que o período de maior incidência da doença costuma ser entre abril e outubro. Em 2024, Campinas registrou dois casos de febre maculosa, um que evoluiu para cura e outro que o paciente foi a óbito. Já em 2023, foram contabilizados 20 casos e sete óbitos.

A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado logo nos primeiros dias de sintomas para evitar agravamento e possível óbito. É importante evitar contato direto com vegetação, principalmente perto de rios, córregos e lagoas, utilizar roupas e calçados que cubram o corpo e ficar atento para retirar rapidamente eventuais carrapatos aderidos à roupa e ao corpo.

Entre os sintomas da doença estão febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando parada respiratória

Caso a pessoa apresente febre entre dois a 14 dias após frequentar áreas verdes, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde e informar que esteve em local onde o carrapato-estrela pode estar presente. Com isso, a Saúde ressalta a importância de não banalizar sintomas, uma vez que o tratamento oportuno é imprescindível para salvar vidas.

Mais informações sobre a doença e ações realizadas pela Prefeitura estão na página: https://campinas.sp.gov.br/sites/febremaculosa.

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