epidemia

Prefeitura direciona 4 unidades para dengue

A Rede Mário Gatti está se preparando para um provável aumento nos casos de arboviroses - doenças causadas pelos chamados arbovírus

Francisco Lima Neto
15/11/2019 às 10:17.
Atualizado em 30/03/2022 às 10:07

A Rede Mário Gatti está se preparando para um provável aumento nos casos de arboviroses - doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus e chikungunya- no período que compreende o final do ano e os meses de fevereiro e março. A estimativa é que ao menos 100 mil exames de sangue para detectar a dengue sejam realizados. Por conta disso, quatro unidades terão o chamado "espaço dengário", com cadeiras de hidratação e profissionais específicos para esse atendimento. De acordo com Marcos Pimenta, presidente da Rede Mário Gatti, a rede de saúde está se preparando caso seja preciso atender um grande número de pessoas por conta das arboviroses. "Umas das propostas da Rede Mário Gatti, que tem expertise nessa área, é criar quatro espaçoes específicos dentro das nossas unidades. O 'espaço dengário', um espaço físico com cadeiras de hidratação e pessoal específico no atendimento", disse. Essa iniciativa da rede foi apresentada para o Comitê de Arboviroses, que é composta por diversas secretarias, autarquias e a Rede Mário Gatti. Esse "espaço dengário" será implantado na UPA Carlos Lourenço, na UPA Campo Grande, na UPA Ouro Verde e no Hospital Mário Gatti. Pimenta disse que estima a realização de ao menos 100 mil exames de sangue durante o período do final do ano até o mês de março, por conta das arboviroses. Ainda segundo ele, o atendimento por conta da dengue é caro. Custa cerca de R$ 40 reais e tem gente que é atendida umas seis vezes. Uma consulta normal é cerca de metade desse valor. Além disso, a gravidade dos casos de dengue é de 0,06%, mas nos novos casos pode chegar a 2%. A previsão é de aumento nos casos da dengue por conta do período chuvoso e de calor mais intenso. "A doença causada pelo mosquito tem a característica de sazonalidade de acordo com a época do ano. Mas previsão não é certeza. Podemos fazer conjecturas com que está acontecendo no Brasil", disse Pimenta. “2019, 2020, talvez tenha um número grande de pacientes acometidos. É fundamental eliminar os criadouros porque assim não tem dengue. A população precisa buscar não só em casa, mas na rua, nos vizinhos, todos os focos do mosquito Aedes", ressaltou Pimenta. Campinas Segundo dados da secretaria, os agentes de saúde que atuam no setor não conseguem entrar em cerca de 45% dos domicílios - seja por estarem desocupados, seja porque os proprietários não permitem. Além do drone, a Prefeitura decidiu comprar o inseticida usado nos processos de nebulização, já que o governo federal suspendeu as entregas do produto em abril. Neste ano, a secretaria registrou 25.570 casos de dengue em Campinas até o dia 8 de outubro.

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