saúde

Prefeitura 'destrava' a UPA do Carlos Lourenço

Com a obra pronta desde 2017, a Prefeitura de Campinas abrirá as portas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Carlos Lourenço na segunda

Maria Teresa Costa
31/10/2019 às 07:22.
Atualizado em 30/03/2022 às 13:53

Com a obra pronta desde 2017, a Prefeitura de Campinas abrirá as portas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Carlos Lourenço na segunda-feira, destravando um processo que teve início ainda na gestão do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos. A unidade começa com atendimento 24 horas em clínica médica de segunda a sexta, em um segundo momento funcionará também nos finais de semana, mas o pleno serviço, com a inclusão de pediatria, está previsto para o segundo semestre de 2020. A previsão é que essa UPA irá reduzir entre 10% a 15% a busca por atendimento nos prontos-socorros Mário Gatti e Unicamp, na UPA São José e em Valinhos que recebe muitos pacientes da região do Jardim Carlos Lourenço. A nova UPA terá uma abrangência de atendimento de uma população de cerca de 200 mil pessoas. Com dificuldade para garantir o custeio da unidade — o custo mensal é estimado em R$ 1,8 milhão —, a Administração vai garantir o funcionamento em novembro e dezembro com R$ 3,5 milhões de verbas de emendas parlamentares. Depois, o dinheiro terá que sair do orçamento. Segundo o presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, mesmo após a habilitação da unidade pelo Ministério da Saúde, que permitirá receber repasses federais, haverá dificuldade de custeio. “O custo mensal será de R$ 1,8 milhão e o Ministério da Saúde repassará R$ 500 mil. Cada vez mais Campinas está investindo em Saúde, muito acima dos limites constitucionais”, disse. O Município investiu R$ 4,8 milhões na construção e equipamentos para a unidade e terá capacidade para atender 500 pacientes por dia. “Essa unidade é o grande desejo da região Sul da cidade e tivemos até que ir à Justiça para conseguir concluí-la”, disse o prefeito Jonas Donizette (PSB), que inaugurará a unidade no domingo, às 10h. O prefeito lembrou que o projeto feito na gestão anterior estava errado, precisou ser refeito e o contrato com a empresa responsável pela obra foi rescindido. Uma licitação para a construção ocorreu em 2016 e a previsão é que a unidade fosse inaugurada em 2017, mas as indefinições para garantir o custeio adiaram o início da entrada em operação. Só ocorrerá agora em função das emendas parlamentares que garantirão o custeio e a decisão de, no próximo ano, utilizar recursos de orçamento municipal e de outras fontes que estão sendo buscadas. A UPA contará com setor de observação, exames de raios-X e laboratoriais, como ocorre com as unidades de pronto-atendimento de Campinas. Para a entrada em operação, a Prefeitura transferirá funcionários de outras unidades, mas está finalizando o processo seletivo para a contratação emergencial de 150 pessoas nesse início de funcionamento e mais 460 no início do ano para a Rede Mário Gatti, que é responsável pelo sistema de atendimento de urgência e emergência de Campinas. Não há previsão de concurso público para a Rede em 2020. Segundo Pimenta, isso só terá condições de ocorrer em 2021.

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