Prefeitura de Vinhedo deixa de gerir Santa Casa

Depois de três anos e meio comandando a Santa Casa de Vinhedo, a Prefeitura encerrou os trabalhos de reforma e estruturação financeira no hospital - e a partir de agora, a administração passará a ser gerida pela iniciativa privada. O hospital será remunerado por procedimentos. A Prefeitura era responsável pela Santa Casa desde 2014, época que ela passou por um impasse na administração que se agravou a ponto de o funcionamento ficar limitado a 12 horas por dia. O secretário de Saúde, Alexandre Viola, afirmou que a Administração está entregando o hospital “totalmente em ordem”, após um investimento de R$ 48 milhões. “A Prefeitura fez uma requisição administrativa em agosto de 2014 com o objetivo de recompor a Santa Casa do ponto de vista físico e financeiro, porque naquela época, ela estava praticamente fechada” , disse. Depois que a Administração assumiu, foi criado um time de gestão para solucionar os problemas. Esse grupo tratou de planejar uma série de obras e organizou um cronograma financeiro para que o hospital voltasse a funcionar regularmente, inclusive atendendo pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS). “A Santa Casa passou por uma ampla reforma, com investimentos em equipamentos e mobiliários. Agora, podemos dizer que ela agora encontrou o seu equilíbrio tanto físico quanto financeiro”, disse Viola. De acordo com ele, a administração particular do hospital participou de todo o processo de recuperação. A Prefeitura agora homologou um convênio com a Santa Casa, através do qual a Administração comprará os serviços para quem precisa de atendimento médico através do SUS. Entre esses principais serviços estão internação em UTI, cirurgias de média e alta complexidade, raio X e ultrassom. “A Santa Casa continuará sendo a referência da cidade em questões de emergência e urgência”, afirmou. “E continuará atendendo também os casos de emergência de quem não possui um plano de saúde”, concluiu. Fundada em 1962, a Santa Casa de Vinhedo prestava serviços a todos os pacientes até 2013, mas o modelo de convênio com a Prefeitura foi apontado como irregular pelo Tribunal de Contas do Estado. Com dificuldades de funcionamento, a Administração interviu e passou a seguir um Plano Diretor Estratégico, com metas definidas que devem ser cumpridas independentemente de quem venha assumir a Provedoria da Irmandade.