Prefeitura de Campinas rompe contrato de obras do lote 4 do BRT

A Prefeitura de Campinas rompeu o contrato com o consórcio que seria responsável pela conclusão das obras do lote 4 do sistema BRT. O secretário de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, informou que o processo de penalização ainda está em curso e uma nova licitação será realizada. Com isso, o prazo para a entrega de 100% da intervenção viária ficou para 2023 — a primeira data prevista era meados em 2020. 

O lote 4, que compõe o Corredor Ouro Verde do BRT, abrange as Avenidas João Jorge, Amoreiras, Piracicaba, Ruy Rodriguez e Camucim até o Vida Nova, totalizando 14,6 quilômetros. No ano passado, a Administração Municipal divulgou a aplicação de uma multa no valor de R$ 10 milhões ao consórcio responsável por essas obras por atraso daquele trecho dos corredores. A penalização foi suspensa depois que a empresa assumiu o compromisso de continuar a obra nos prazos e conceitos técnicos definidos.

Os maiores problemas do lote 4 referem-se a trechos viários em frente ao terminal de ônibus Ouro Verde, nas proximidades do Vida Nova, bem como no trecho da ponte sobre o Rio Capivari, perto do Jardim Morumbi. Até agora, o lote 4 teve 89,94% das obras finalizadas, ao custo de R$ 91,3 milhões já pagos dos R$ 101,64 milhões previstos no contrato.

Todas as obras do BRT custaram aos cofres públicos, até hoje, R$ 444,58 milhões. "A Secretaria de Infraestrutura confirma que vai haver uma nova licitação e o processo de penalização do consórcio atual está em andamento", informou a pasta em nota oficial.