Projeto aprovado inclui construção de dez torres comerciais
Vista panorâmica do Parque D. Pedro Shopping: empreendimento, inaugurado no dia 19 de março de 2002, gera 6,5 mil empregos diretos e oferece 8 mil vagas de estacionamento (´Dominique Torquato/AAN)
A Prefeitura de Campinas aprovou a segunda etapa do projeto de ampliação do Parque D. Pedro Shopping. A solicitação foi feita em maio do ano passado e o parecer do Grupo de Análise de Projetos Específicos foi publicado sexta-feira no Diário Oficial do Município. Segundo o secretário municipal de Gestão e Controle e presidente do Gape, Thiago Sampaio Milani, a proposta foi considerada viável e agora depende do empreendedor para colocá-lo em prática. Este é o segundo pedido para ampliação do centro comercial aprovado pela Prefeitura. O primeiro foi em 2015. Na época, o empreendimento propôs a construção de quatro hotéis e de dois espaços corporativos. No total seriam utilizados 307,75 mil metros quadrados. Desta vez, foi proposta a construção de dez torres comerciais e a ampliação do centro de compras e do estacionamento. No total, a obra está prevista para compreender 326.976,84 metros quadrados. “O empreendedor já tem nosso parecer. Não sabemos se ele quer vender as propostas ou não. O fato é que com o parecer em mãos, é só ele entrar com o pedido para aprovação do alvará junto à Secretaria de Urbanismo”, explicou. O grupo que administra o centro de compras vai precisar arcar com várias contrapartidas. Os detalhes constam no DOM e incluem, por exemplo, a duplicação da Rua dos Aimorés, em toda a sua extensão, respeitando as determinações da Secretaria Municipal de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Campinas com guias, sarjetas entre outros, construção de viaduto sobre a Rodovia Professor Zeferino Vaz para ligar a Rua dos Aimorés com o lado oposto da rodovia, readequação e aumento do terminal de ônibus com a construção de plataformas elevadas (padrão Emdec) entre outras exigências e outras Pastas. O projeto foi analisado pelas secretarias de Planejamento e Urbanismo, de Transportes (Setransp), de Infraestrutura, do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Assuntos Jurídicos, Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) e Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), além do Gape. “Os itens estipulados pela Administração como compensação para a cidade servem inicialmente para nortear o planejamento dos investidores. Como haverá um aumento populacional no local, haverá consequência e reflexo para várias áreas. Por exemplo, Saúde, tem que ter construção de unidades para atender à demanda de educação, de escolas e creches. Então são contrapartidas para benefício local”, disse Milani. Além da execução das obras das torres para escritórios, a autorização permite ainda a expansão das áreas de estacionamento, com nível superior e subsolo. Em nota, os empreendedores do shopping confirmaram que há um plano em aprovação nos órgãos públicos para a construção de um complexo multiuso na área do empreendimento e que o projeto ainda não tem prazo de início das obras. Também informaram que o potencial de construção é bastante grande, assim como é o Parque D. Pedro. “O próximo passo é ir em busca de parceiros especialistas que queiram fazer o desenvolvimento imobiliário”, frisou a Sonae Sierra Brasil.