PREVENÇÃO

Prefeitura ataca focos da dengue

Nos dois primeiros meses do ano, mais de 18 mil residências da cidade receberam nebulização

Gilson Rei
29/02/2020 às 10:38.
Atualizado em 29/03/2022 às 19:29

Dentre as ações deste ano desenvolvidas para o combate ao mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus —, a Prefeitura de Campinas informou ontem que já aplicou inseticidas em 18.515 imóveis localizados nas áreas de transmissão das doenças. Os dados referem-se apenas ao mês de janeiro e a ação integra o conjunto de medidas preventivas permanentes doPode Público municipal. O último boletim epidemiológico de Campinas, publicado em 18 de fevereiro passado, mostrou que foram confirmados 154 casos de dengue nos primeiros 45 dias do ano e que os registros haviam crescido quase cinco vezes em apenas 23 dias. Vale lembrar que a cidade encerrou 2019 com a terceira maior epidemia de dengue da história, com 26,3 mil casos e cinco mortes provocadas pela doença. A pior epidemia registrada por Campinas ocorreu em 2015, com 65.634 casos confirmados. Um ano antes, a cidade havia contabilizado 42.109 pessoas infectadas. Sobre a medida de aplicar inseticida com nebulizadores, Heloísa Malavasi, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Prefeitura, disse que o objetivo é interromper a transmissão da doença. “A nebulização é um dos componentes do controle integrado da proliferação do mosquito Aedes aegypti. Realizamos a nebulização com muito critério, em áreas delimitadas por um grupo técnico, que avalia a ocorrência dos casos em Campinas”, destacou. Em 2019 foram nebulizados 74.814 imóveis, distribuídos em várias regiões do município. De maio a outubro de 2019 essa atividade foi interrompida, devido ao desabastecimento do inseticida por parte do Ministério da Saúde, a quem compete o fornecimento deste insumo aos municípios. Considerando a importância da atividade para o controle de transmissão de dengue, a Prefeitura decidiu comprar inseticida. Malavasi destacou que, além dessa ação, o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses desenvolve outras ações para combater as arboviroses. São iniciativas como ações educativas, mutirões, operação cata-treco, limpeza de terrenos, controle de criadouros, nebulização em áreas de transmissão e orientações à população em toda cidade, para que seja evitada a propagação do mosquito Aedes aegypti. O Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses reúne 14 secretarias, Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti e Sanasa. Ocorrências no País crescem 19% em cinco semanas De acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o número de casos prováveis de dengue no Brasil — aqueles que são notificados à Pasta pelos Estados — cresceu 19% nas cinco primeiras semanas do ano em comparação com o mesmo período de 2019. Neste início de 2020, há a confirmação de que pelo menos 14 mortes por dengue no Brasil. O país tem em média uma incidência de 44,8 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.(Agência Brasil)

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