ALTERNATIVO

Prefeitos estudam criar ciclovia entre Jaguariúna e Campinas

Além de ser usado para o deslocamento de moradores entre as cidades, traçado é visto como fomentador do turismo na região

26/06/2013 às 08:51.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:58

As prefeituras de Campinas e Jaguariúna estudam usar otrajeto de cerca de 24 quilômetros do percurso feito pela maria-fumaça entre as duas cidades para construir uma ciclovia intermunicipal. A intenção é criar pistas nos dois sentidos para que sejam usadas não somente para deslocamento de moradores dos dois municípios, mas também para fomentar atividades turísticas.

O trajeto traz um pouco da beleza histórica das fazendas de café da cidade. A ideia foi proposta ontem pelo prefeito de Jaguariúna, Tarcisio Cleto Chiavegato (PTB), ao prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB). “É algo simples e barato de construir e que iria agregar muito valor, incentivando o turismo nas duas cidades. É preciso aproveitar todo potencial do trecho”, afirmou Chiavegato.

Os prefeitos irão marcar, para as próximas semanas, uma reunião com engenheiros das duas administrações e com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) para discutir os detalhes do projeto, que ainda não foi elaborado. “Vamos conversar e definir como será, mas de imediato já posso dizer que é uma ótima ideia”, afirmou Jonas.

O chefe do executivo de Jaguariúna disse que ainda não tem ideia dos custos, mas conta que os gastos não devem ser grandiosos. “Já existe uma estrutura preparada, não será preciso gastar muito”, disse.

Além da ciclovia, as prefeituras pretendem instalar estacionamentos e espaço para a locação de bicicletas nas estações. “O projeto vem ao encontro do nosso plano municipal de incentivar o uso de bicicletas como transporte com a construção de cerca de 100 quilômetros de ciclovias”, afirmou Jonas.

Foto: Carlos Sousa Ramos/AAN Tarcisio Chiavegato leva a ideia a Jonas Donizette: projeto conjunto Chiavegato disse que já conversou com representantes da ABPF, que disseram ser favoráveis à medida. “O pessoal da associação adorou a ideia e só precisamos nos reunir para definir os detalhes”, contou o prefeito de Jaguariúna.

Obras paradas

No final do ano passado, o Ministério do Turismo anunciou a liberação de verba para finalizar a extensão da maria-fumaça da Estação Anhumas até a praça Arautos da Paz, em Campinas. Na ocasião, Jonas disse, depois de se reunir com o ministro Gastão Dias Vieira, que há recursos da maria-fumaça parados em Brasília.

O ministério havia aprovado uma verba de R$ 1,5 milhão para a extensão da linha da maria-fumaça, e uma parte dessa verba foi liberada e utilizada na obra, que está parada desde o ano passado. Há ainda recursos para serem repassados para Campinas, mas que dependerão de alterações no projeto. A Prefeitura corre contra o tempo para tentar viabilizar novos planos para garantir os recursos.

O projeto da extensão da maria-fumaça já consumiu quase R$ 1 milhão, sem que um metro de trilho tenha sido instalado. O contrato da obra foi rompido amigavelmente, com a Maruca Comércio e Serviços Ltda, que não concluiu o empreendimento alegando erros no planejamento.

O problema ocorreu no projeto doado à Prefeitura pela Petrobras. Com os erros, seria necessário aditar o contrato de R$ 2 milhões em mais R$ 1,3 milhão, muito acima do permitido em lei. O Tribunal de Contas da União (TCU) aceita aditamentos por erros de projeto em no máximo 10%, enquanto o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tolera até 5%.

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