ligeira queda

Preço da cesta básica em Campinas registra pequena redução em março

Queda foi de 1,61%, de acordo com levantamento do Observatório PUC-Campinas; dos 13 itens avaliados, dez apresentaram variação negativa

Edimarcio A. Monteiro/ edimarcio.augusto@rac.com.br
14/04/2023 às 08:42.
Atualizado em 14/04/2023 às 08:42

O pão francês foi o alimento que registrou a maior queda de preço (-5,5%) em março entre os itens que compõem a cesta básica pesquisada pelo Observatório PUC-Campinas (Rodrigo Zanotto)

O preço da cesta básica em Campinas teve uma redução de 1,61% em março, segundo mês consecutivo de queda. Dos 13 itens analisados, dez apresentaram variações negativas, de acordo com pesquisa divulgada pelo Observatório PUC-Campinas. No mês passado, o custo da cesta foi de R$ 719,92, o que, em termos absolutos, representa uma diminuição de R$ 11,75 em comparação aos R$ 731,67 de fevereiro.

O levantamento realizado pelo órgão da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas aponta que os três produtos que apresentaram as maiores reduções no valor foram o pão francês (-5,5%), óleo (-5,2%) e batata (-4,2%). Por outro lado, os itens que tiveram alta de preço foram açúcar (2,3%), manteiga (1,8%) e feijão (1,2%).

A dona de casa Sonia Aparecida Scarazzatto disse que constatou que alguns produtos da cesta básica realmente têm apresentado queda de preços, principalmente o óleo de soja, mas o reflexo não chega a aliviar o orçamento doméstico. "Outros itens acabam subindo e o gasto na hora de fazer a compra fica no mesmo patamar ou até mais alto", explicou. A aposentada Florinda Tomaz disse que procura as promoções e deixou de comprar itens pela marca para driblar a inflação dos alimentos e conseguir equilibrar as despesas. "Não vejo nada barato, está tudo caro. A gente trabalhou 30 anos para agora ter que ficar procurando o que está mais barato", reclamou.

Acumulado

O estudo do Observatório PUC-Campinas aponta que em março o custo da cesta básica representou 55,3% do salário mínimo, que é de R$ 1.302. Segundo o levantamento, para suprir as necessidades de uma família composta por dois adultos e duas crianças, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.159,77 apenas para cobrir a despesa com os itens de alimentação pesquisados, sem contar outras contas, como água, luz, transporte, impostos, vestuário e educação.

No acumulado dos três primeiros meses de 2023, o Índice da Cesta Básica (ICB)-PUC-Campinas apresenta queda de 4,52% na comparação com o custo de R$ 754 de dezembro passado. Porém, o estudo aponta alta acumulada de 4,54% em sete meses, índice superior ao da inflação do mesmo período (3,46%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em setembro passado, quando foi lançada a pesquisa em Campinas, o valor da cesta era de R$ 688,67.

De acordo com o Observatório PUC-Campinas, com a queda de preço registrada em março, o pão francês retornou ao patamar semelhante ao de janeiro, após ter registrado alta de 4,8% em fevereiro. Em relação aos itens que subiram, o órgão destacou o aumento do feijão, por sua marcante presença na alimentação da população e pelo seu valor nutricional.

A redução do preço da cesta básica registrada no primeiro trimestre de 2023 "indica que, após forte alta durante o ano de 2022, os preços dos alimentos devem apresentar variação inferior à da inflação em 2023", analisou o economista responsável pela pesquisa e professor da PUC-Campinas, Pedro Costa. Ele faz a avaliação com base também na queda do valor da cesta básica registrada em 13 capitais brasileiras, de acordo com pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cuja metodologia é seguida pelo Observatório.

Na comparação com as capitais, Campinas ficou em oitavo lugar em relação à queda de custo no mês passado. A maior redução foi registrada em Recife (PE), com -4,65%, seguida por Belo Horizonte (-3,72%) e Brasília (-3,67%). Já as quatro capitais que registraram elevação no preço da cesta básica em março foram Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%), de acordo com o Dieese. Apesar da queda registrada no mês passado, Campinas manteve a quinta posição com a cesta básica mais cara entre as 18 cidades avaliadas. São Paulo é a que apresentou o valor mais alto em março (R$ 782), diferença de 8,34% a mais do que em comparação a Campinas. Já a capital com o valor mais baixo foi Aracaju (SE), R$ 546, índice 31,75% inferior ao do custo em Campinas. 

CESTA BÁSICA MARÇO 2023

Itens e variações

 Pão francês - 5,5%
Óleo - 5,2% 
Batata - 4,2%
Banana - 3,2% 
Café - 2,% 
Leite - 1,9% 
Farinha - 1,7%
Carne - 1%
Arroz - 0,8%
Tomate - 0,4%
Feijão - 1,2%
Manteiga - 1,8%
Açúcar - 2,3%

Fonte: Observatório PUC-Campinas 

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