POLÊMICA

Praça no Cambuí volta a ter nome original

Após polêmica, Câmara devolve denominação de XV de Novembro à area

Milene Moreto
25/04/2013 às 07:50.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:52
Mulher caminha na praça do Cambuí: entidades defendem antigo nome como preservação da história (Cedoc/RAC)

Mulher caminha na praça do Cambuí: entidades defendem antigo nome como preservação da história (Cedoc/RAC)

A Câmara devolveu ontem o nome Praça XV de Novembro para a área no Largo Santa Cruz que, por intervenção do Legislativo, passou a se chamar Geraldo César Bassoli Cezare no início deste ano. Após pressão de um grupo de entidades ligadas à arte e cultura e de um órgão de preservação do patrimônio histórico, a Casa decidiu restabelecer o antigo nome.

A nova denominação para a praça foi proposta pelo ex-vereador Francisco Sellin (PMDB) e publicado pela Câmara em dezembro do ano passado, mas só passou a ser motivo de polêmica depois que a Prefeitura colocou uma placa com o novo nome no local no começo do ano.

O grupo argumentou na época que “não queria desmerecer a figura do novo homenageado, mas que entendem que a preservação da história de Campinas deveria ser garantida.”

O presidente da Câmara, Campos Filho (DEM), disse ontem que o Legislativo respeita a decisão da população. “Nós recebemos inúmeros pedidos para que o nome da praça voltasse a ser XV de Novembro e decidimos restabelecer a homenagem”, afirmou o democrata.

Para sustentar o argumento de que a praça não deveria ter o nome alterado, as entidades lembraram que a denominação foi dada à área pela Câmara no dia 25 de novembro de 1889, ou seja, apenas dez dias depois da Proclamação de República.

A Câmara deve buscar um novo espaço agora para homenagear Geraldo César Bassoli Cezare, advogado que foi secretário-chefe de Gabinete da Prefeitura de Campinas na gestão Orestes Quércia, na década de 1970, e vereador de 1977 a 1981. O político morreu no dia 30 de novembro de 2009, vítima de câncer linfático.

Executivo

A Câmara também aprovou na sessão de ontem, em primeira discussão, o projeto de lei de autoria do Executivo que altera as regras para a utilização dos recursos do Fundo de Apoio à População de Subabitação Urbana (Fundap). De acordo com a proposta, o fundo deverá proporcionar suporte financeiro para a implementação de políticas de habitação de interesse social destinadas à população que recebe entre zero e três salários mínimos. A proposta foi discutida na questão da legalidade e os vereadores agora devem fazer um debate público sobre as mudanças sugeridas pela Prefeitura.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por