DIC 5

Praça abandonada em Campinas vira cenário para 'guerra'

Crianças brincam simulando tiroteio em meio a lixo e entulho; pedaços de pau servem de metralhadoras

Fábio Gallacci
gallacci@rac.com.br
03/08/2013 às 17:03.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:38

Menino usa pedaço de pau como 'espingarda' em local que deveria ser a Praça da Juventude, no DIC 5 ( )

Na região do DIC 5, ninguém consegue usufruir da Praça da Juventude, um investimento programado de R$ 2,8 milhões. O lugar, enorme e abandonado há anos, tem estruturas de concreto deixadas pela metade, um esboço de arquibancada engolido pelo mato e ferro retorcido oferecendo perigo a quem se aventura a passar ali. Em vez de uma opção de lazer e esporte, tão importante para combater o avanço das drogas e a presença do crime organizado na periferia, o lugar virou um depósito de entulho e lixo. O que existe de estrutura ali é perfeito sim, mas para consumir crack ou abrigar marginais. “Achei que seria algo bom para todos nós, mas no final só juntou coisa ruim”, lamenta a dona de casa Adelina da Silva. “É um lugar onde a gente poderia levar os filhos para passear, mas só tem lixo e entulho. É perigoso”, concorda a teleoperadora Rebeca de Oliveira.Mas se engana quem acha que as crianças não utilizam o espaço para nada. Na última sexta-feira (2), a reportagem flagrou meninos brincando de “tiroteio” na praça. Pedaços de pau serviam como metralhadoras e os muros inacabados viraram estratégicos pontos para se esconder do inimigo de bermuda e chinelo logo ao lado. Ali, aqueles mesmos meninos conseguiram definir com perfeição o que a Praça da Juventude parece ser hoje em dia: uma área bombardeada durante uma guerra.A prova de que o trabalho poderia ter continuado se todos os trâmites técnicos e burocráticos fossem respeitados pela Prefeitura de Campinas é que parte da calçada de bloquetes está lá, aplicada. As paredes de concreto levantadas estão cobertas por pichações e grafites. Buracos no solo ainda são uma armadilha a mais para quem atravessa o espaço. Os blocos, em sua maioria, estão furados ou quebrados. Leia mais nas edições do dia 04/08 dos jornais do Grupo RAC

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