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Poupatempo pode ter novo endereço

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), se comprometeu a ceder um espaço de 400 metros quadrados no térreo do Paço Municipal

Daniel de Camargo
16/06/2020 às 07:46.
Atualizado em 29/03/2022 às 00:51
Poupatempo funcionaria num espaço de 400 metros quadrados no Paço (Leandro Ferreira/AAN)

Poupatempo funcionaria num espaço de 400 metros quadrados no Paço (Leandro Ferreira/AAN)

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), se comprometeu a ceder um espaço de 400 metros quadrados no térreo do Paço Municipal para abrigar a unidade do Poupatempo que foi fechada recentemente, depois de funcionar por 22 anos na Avenida Francisco Glicério. De acordo com o vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB), a promessa foi feita na manhã de ontem, em uma reunião entre o chefe do Executivo e a comissão de representação instalada pela Câmara de Campinas para tentar manter aberto, na região Central, o programa que facilita o acesso do cidadão às informações e serviços públicos. Presidente do comitê criado no último domingo, Cirilo disse que a proposta de instalar a repartição na Prefeitura será feita à Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), que administra o Programa Poupatempo. Amanhã, às 10h30, a comissão se reúne com representantes da empresa na sua sede, em Taboão da Serra. O grupo, composto também pelos parlamentares André Von Zuben (CIDAD), Filipe Marchesi (PSB), Gustavo Petta (PCdoB), Jorge da Farmácia (PSDB) e pastor Elias Azevedo (PSB), será acompanhado pelo secretário de Governo, Michel Abrão Ferreira, que representará o prefeito Jonas Donizette (PSB), em demonstração do seu apoio. Segundo Cirilo, Jonas foi receptivo à demanda por entender a necessidade de manter o atendimento na área central. “Se um dos problemas era o valor do aluguel, já resolvemos”, enfatizou. O imóvel na Glicério custava em torno de R$ 120 mil por mês. No momento, as unidades do Poutatempo estão fechadas para enfrentamento da pandemia da Covid-19, conforme informa o site do programa. “A medida evita aglomerações”, frisa o aviso. Quando reaberto, caso a situação não mude, os atendimentos presenciais ocorrerão somente na unidade do Campinas Shopping, situado no Jardim do Lago, de mais difícil acesso. O motivo do fechamento, de acordo com a Prodesp, é o fim do contrato com a terceirizada Esperança, que era responsável pelo atendimento. O prédio central já foi devolvido ao proprietário e os 150 funcionários dispensados. Apesar da justificativa, é importante lembrar que, em meados de 2019, o governo estadual divulgou que havia selecionado cinco municípios, entre eles Campinas, para testar um projeto que promoveria a modernização das instalações e do atendimento. A promessa, entretanto, não foi concretizada só na cidade. Em Aguaí, Jales, Lençóis Paulista e Salto, já opera o novo modelo. Nessas unidades, o serviço é prestado em um sistema integrado chamado de balcão único, que dá mais celeridade aos procedimentos e evita a ociosidade dos colaboradores. Em Campinas, o plano, condicionado obrigatoriamente à mudança do imóvel, era converter a unidade do Centro para esse conceito, que exige um espaço horizontal. Por isso, o prédio na Glicério foi avaliado como inadequado. Em março, o Executivo informou que, desde o segundo semestre do ano passado analisava proposta do governo paulista para transferir a repartição para a região Noroeste, considerada a partir da área da Vila Teixeira, que abriga também o Hospital da PUC-Campinas e se estende pela Avenida John Boyd Dunlop. Contudo, houve o fechamento da unidade do Centro. Procurada ontem, a Prodesp informou, em nota, que mantém, desde 2019, o diálogo com a Prefeitura de Campinas. E, confirmou que, amanhã, receberá representantes do município “para discutir a transferência dos atendimentos do Poupatempo localizado no Centro para o Campinas Shopping”. Cidades da região também reclamam Na semana passada, após reunião entre os membros da comissão de representação, o vereador André Von Zuben (CIDAD) destacou que a bandeira do retorno do Poupatempo do Centro ultrapassa os limites de Campinas. “A Câmara Municipal de Jaguariúna encaminhou ao governo de São Paulo uma Moção de Protesto, já que a população daquela cidade utilizava com frequência os serviços do Poupatempo. O problema não atinge só Campinas, mas também os municípios vizinhos”, disse. Na mesma ocasião, o vereador Jorge da Farmácia (PSDB) comentou que ficou decidido procurar deputados estaduais que representam cidades da região para que eles ajudem a reverter a situação.

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