Radialista de 47 anos, Jonas tem a missão de colocar a cidade novamente na rota do desenvolvimento
Campinas vira a página da crise política hoje e empossa o novo prefeito eleito pelo povo depois do comando definido de forma indireta pela Câmara, que elevou o então presidente da Casa, Pedro Serafim (PDT), ao posto de chefe do Executivo. Jonas Donizette (PSB) assume o governo municipal dois anos depois do maior escândalo de corrupção da cidade, quando dois prefeitos foram cassados suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes em licitação, formação de quadrilha e corrupção.
Numa das primeiras ações de seu governo, o peessebista prevê anunciar um plano de combate à corrupção. O novo comandante da cidade também prometeu ações emergenciais nos setores mais sensíveis da Administração, como Saúde, Educação e Transporte. Três cerimônias estão marcadas para esta terça-feira (1º), o que inclui a posse na Câmara, às 10h, transmissão de cargo no Teatro Castro Mendes às 12h e uma solenidade com os secretários no quarto andar do Palácio dos Jequitibás marcada para às 14h, onde concede entrevista a imprensa.
Jonas já foi o vereador mais bem votado em Campinas, se elegeu deputado estadual e federal. Tentou duas vezes ser prefeito e concretizou seu sonho na última eleição, quando obteve 315.488 votos no segundo turno. O peessebista superou o economista Marcio Pochmann (PT) e se consolidou como o novo chefe do Executivo pelos próximos quatro anos.
Radialista e, aos 47 anos, Jonas tem nas mãos a missão de colocar a cidade novamente na rota do desenvolvimento. O futuro prefeito já indicou seu secretariado, em sua maioria, do PSB. O peessebista defendeu ao longo de sua campanha a proximidade com o governo federal, uma vez que seu partido é da base de apoio da presidente Dilma Rousseff, e também a relação de parceira com o governo do Estado, nas mãos do PSDB, que vai ocupar a vice-prefeitura com Henrique Magalhães Teixeira, filho do prefeito morto José Roberto Magalhães Teixeira.
O peessebista chega ao Executivo depois de praticamente oito anos de administração do PDT e PT. Terá de reavaliar o quadro de comissionados e prometeu enxugar a máquina para economizar e investir em melhorias.
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