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População ultrapassa 1,2 milhão

Campinas ultrapassou a marca de 1,2 milhão de habitantes em 2019 e registrou um crescimento de 0,83% em relação ao ano passado

Maria Teresa Costa
29/08/2019 às 07:53.
Atualizado em 30/03/2022 às 17:57

Campinas ultrapassou a marca de 1,2 milhão de habitantes em 2019 e registrou um crescimento de 0,83% em relação ao ano passado. O ritmo de crescimento populacional anual, no entanto, apresenta queda na comparação com o período 2017/2018, quando a cidade teve aumento populacional de 0,98%. Já a Região Metropolitana de Campinas (RMC) atingiu este ano 3.264.915 habitantes, com uma taxa de crescimento de 1,2% em relação a 2018. O aumento regional é mais que o dobro da média nacional, de 0,79% no período. A RMC é a décima região metropolitana mais populosa do País. A estimativa foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mantém Campinas, com 1.204.073 habitantes, no posto de 14ª maior cidade do País e a segunda mais populosa, excluindo as capitais. A cidade tem mais habitantes do que 15 capitais e, fora as sedes administrativas dos Estados, perde apenas para Guarulhos. A taxa anual de crescimento de Campinas foi de 1,6% entre 1940 e 1950, de 3,69% entre 1950 e 1960, de 5,53% entre 1960 e 1970, de 5,86% na década de 70, caiu para 2,2% entre 1980 e 1991, voltou a cair entre 1991 e 2000, quando registrou 1,5% ao ano, caiu para 1,08% entre 2000 e 2010 e nos últimos nove anos vem registrando crescimento de 1,21% ao ano. As estimativas populacionais do IBGE são calculadas com base na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. Elas são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCE) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. As estimativas divulgadas ontem têm data de referência em 1º de julho. Segundo o sociólogo José Newton Mendonça, do Instituto de Estudos Sociais (IES), o pequeno crescimento que vem sendo registrado em Campinas é típico das regiões metropolitanas, onde a sede cresce menos e o entorno, mais. Segundo o estudo "O estado das cidades mundiais", do programa de Habitação da Organização das Nações Unidas, o UN-Habitat, a região de Campinas é a 10ª com maior crescimento entre as regiões metropolitanas do País, com uma taxa de 85,82% entre 1990 a 2025. Segundo o estudo, as áreas mais próximas a algumas capitais do Norte e Nordeste do Brasil, assim como o interior de São Paulo, aparecem no alto do ranking das que prometem mais crescimento. A redução da taxa de crescimento de Campinas, avalia o pesquisador, está relacionada ao menor índice de natalidade e também à redução da migração. Paulínia Paulínia foi a cidade que mais cresceu na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e registrou um aumento populacional de 2,5% em relação ao ano passado. Além dela, outras três cidades, com menos de 100 mil habitantes, lideraram o avanço demográfico regional, com aumento superior a 2%: Engenheiro Coelho e Holambra tiveram aumento de 2,4% no número de habitantes e Jaguariúna registrou 2,3%. Segundo dados do IBGE, 36,8% da população regional vivem em Campinas e 15,4% estão em 11 cidades com menos de 100 mil habitantes. A maior taxa projetada para as cidades menores na RMC pode ser explicada, segundo o demógrafo Carlos Antunes, pelos atrativos que elas possuem, especialmente o preço dos terrenos, mais baratos que nas grandes cidades. Além disso, há uma busca das pessoas por cidades menores, mas próximas de grandes centros, onde podem ter mais segurança e ao mesmo tempo facilidade de mobilidade. "É possível, por exemplo, morar em Pedreira e trabalhar em Campinas. Mas tem que se levar em conta, também, que elas têm potencial para atrair investimentos. Jaguariúna é um exemplo disso. Nos últimos anos empresas de porte, especialmente de base tecnológica, se instalaram lá" , disse. A POPULAÇÃO DA RMC Cidade                            2018                 2019       Crescimento (%) Americana                     237.112             239.597                1 Artur Nogueira                53.450               54.408               1,8 Campinas                   1.194.094         1.204.073            0,8 Cosmópolis                     70.998               72.252               1,8 Engenheiro Coelho          20.284               20.773               2,4 Holambra                       14.579               14.930               2,4 Hortolândia                  227.353              230.851               1,5 Indaiatuba                   246.908              251.627               1,9 Itatiba                         119.090              120.858               1,5 Jaguariúna                    56.221                57.488               2,3 Monte Mor                    58.765                59.772                1,7 Morungaba                   13.458                13.622                1,2 Nova Odessa                59.371                60.174                1,4 Paulínia                      106.776              109.424                2,5 Pedreira                       47.361                47.919                1,2 S.B. d’Oeste               192.536               193.475               0,5 S. A. de Posse              23.085                 23.310                1 Sumaré                      278.571               282.441               1,4 Valinhos                     127.123               129.193               1,6 Vinhedo                       77.308                 78.728               1,8 Total                        3.224.443           3.264.915            1,2 Fonte: IBGE

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