projeto sirius

Pontes promete mais R$ 180 milhões

O ministro Marcos Pontes, afirmou ontem que o Ministério da Economia vai descontingenciar R$ 180 milhões do Orçamento do Projeto Sirius

Daniel de Camargo
19/10/2019 às 11:40.
Atualizado em 30/03/2022 às 10:47

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou ontem que o Ministério da Economia vai descontingenciar R$ 180 milhões do Orçamento do Projeto Sirius, fonte de luz síncrotron de 4ª geração que está em fase final de montagem no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas.  A informação foi dada pelo ministro anteontem em Brasília. A Pasta, no entanto, não confirmou quando, de fato, o valor será repassado ao CNPEM, responsável pela estrutura. Segundo Pontes, faltam aproximadamente R$ 400 milhões para concluir o laboratório. Do orçamento previsto para 2019, de R$ 225,1 milhões, ainda faltam R$ 205,1 milhões para serem liberados. Até agora, o ministério fez o empenho de R$ 75 milhões, dos quais apenas R$ 50 milhões foram efetivamente repassados ao CNPEM. Pontes frisou que o Sirius será uma ferramenta “extremamente importante” para impulsionar a economia do País, e que é uma das prioridades do governo Bolsonaro. “Para 2020, já estão previstos R$ 150 milhões”, afirmou, completando que até o final do 1º semestre do ano que vem sua Pasta espera ter três estações de pesquisa em funcionamento - a previsão inicial era de que 13 linhas fossem liberadas até o final de 2020. O atraso no repasse das verbas por parte do governo federal, entretanto, retardou o cronograma. Pontes ressaltou que os trabalhos no Sirius podem, futuramente, resultar em até 10% de aumento na produtividade no pré-sal, entre outros segmentos importantes da economia. “Nem preciso mencionar o que o Sirius trará em termos de recursos financeiros”, disse. Segundo acelerador Na noite da última quarta-feira, foi concluída mais uma etapa para a operação do maior e mais complexo projeto da ciência brasileira: a injeção da carga elétrica máxima prevista no segundo dos três aceleradores de partículas que fazem parte da estrutura. Esse segundo acelerador é responsável por fornecer aos elétrons a energia necessária para que sejam transferidos ao acelerador principal, de onde será emitida a luz síncrotron. De acordo com o CNPEM, esse último acelerador já está montado, e o próximo desafio desta etapa de testes é fazer com que os primeiros elétrons dêem uma volta completa ao longo do anel. Segundo texto divulgado pelo órgão, “também está em fase final de montagem a estrutura das primeiras estações de trabalho, onde os pesquisadores devem realizar, a partir do ano que vem, experimentos com uso de luz síncrotron”. O CNPEM detalhou que esse tipo especial de luz, de altíssimo brilho, é capaz de revelar detalhes dos mais variados materiais, orgânicos e inorgânicos, de proteínas a vírus e de rochas a ligas metálicas. Cerca de 85% dos recursos empenhados pelo ministério para o Projeto Sirius foram investidos no Brasil, através de parcerias com empresas nacionais. Além das obras de construção civil, foram estabelecidos contratos com mais de 300 empresas de pequeno, médio e grande portes, das quais mais de 40 desenvolvem soluções tecnológicas junto aos pesquisadores e engenheiros do CNPEM.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por