DESPEDIDA

Policial é enterrado no Cemitério da Saudade

Todos foram prestar a última homenagem a Machado, que foi morto durante o exercício de suas funções no 47º Batalhão de Polícia Militar

Gilson Rei
gilson.rei@rac.com.br
24/09/2019 às 15:13.
Atualizado em 30/03/2022 às 15:43

Em cerimônia marcada pela indignação de familiares, amigos e colegas de trabalho, o policial militar Thiago Machado, de 34 anos, foi enterrado hoje no Cemitério da Saudade, em Campinas. Todos foram prestar a última homenagem a Machado, que foi morto durante o exercício de suas funções no 47º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana, na Vila Industrial, ontem, por outro policial, colega de trabalho, Cleber da Silva Avelino, de 37 anos. Amigos fizeram questão de colocar no caixão a medalha que Machado recebeu na Corrida e Caminhada do Café da Fazenda Santa Elisa. Durante a cerimônia, foi lida uma carta da corporação em homenagem ao soldado afirmando que "o momento é de reverência, respeitoso orgulho e saudade" . Outros lembraram também de sua atuação como ministro de louvor responsável pelo coral da Igreja batista Ágape, no Jardim São Pedro, em Campinas. Machado atuou por cinco anos na Polícia e deixou sua esposa e uma filha de três anos. Os motivos da violência contra ele não foram ainda descobertos pelos investigadores da Polícia. No dia do homicídio, equipe da perícia esteve no local do crime – ocorrido no 47º Batalhão de Polícia Militar - por mais de sete horas, sem a presença de outras pessoas e da imprensa, coletando provas e depoimentos para tentar elucidar o caso. Por isso, não há divulgação sobre os motivos que levaram o PM atirar contra o colega. O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia Seccional e também pela Corregedoria da PM. Avelino, o autor do homicídio, respondia a um inquérito administrativo e, depois dos disparos, foi preso, sendo encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, em São Paulo. Colegas de trabalho informaram que ele estava muito quieto e estranho nos últimos dias, aparentado estar depressivo. A reportagem apurou que após uma discussão entre os dois, o atirador sacou a arma da corporação, descarregou em Machado e ainda sacou a arma particular, uma 380, e efetuou mais disparos. A vítima não teve tempo de reação. Ao todo, Avelino disparou quatro tiros, sendo dois na cabeça de Machado, que depois de ser atendido pela equipe de resgate, foi levado ao Hospital Mário Gatti, mas não resistiu.

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