A Polícia Civil de Campinas reabriu o inquérito que apurava o roubo de uma carga de celulares avaliada em R$ 3,9 milhões, em Viracopos
A Polícia Civil de Campinas reabriu o inquérito que apurava o roubo de uma carga de celulares avaliada em R$ 3,9 milhões, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em 2012. A medida foi tomada após a prisão dos dez bandidos da região, na cidade mineira de Uberaba, no dia 27 do mês passado, depois de atacarem uma agência bancária. Um dos suspeitos do roubo ao banco, Leandro Barros da Silva, de 35 anos, estava envolvido no ataque ao aeroporto em 2012 e havia sido condenado em 2016. Com a reabertura do inquérito, a polícia quer descobrir se os demais comparsas dele, presos em Minas Gerais, também estão envolvidos com o assalto milionário, em Campinas. A carga de produtos da fabricante Apple foi levada de um galpão da companhia aérea TAM Cargo, na madrugada do dia 23 de outubro de 2012. Na época, ao menos cinco bandidos participaram da ação, que durou 1h35. Os criminosos renderam oito funcionários e vigilantes da companhia aérea e fugiram com 12 lotes carregados de iPhones e iPads. Na fuga, a quadrilha levou o sistema de monitoramento de câmeras do galpão e o carro de um dos funcionários. O veículo foi localizado em seguida próximo à Rodovia Santos Dummont. Silva foi reconhecido poucos dias depois, por uma testemunha. Ele abastecia um veículo em um posto nas proximidades do aeroporto, quando a testemunha passou e o viu. Essa testemunha anotou as placas do veículo que ele estava e passou para a polícia, que conseguiu identificá-lo e indiciá-lo pelo roubo. A testemunha o reconheceu por uma cicatriz próximo à boca, no lado direito do rosto. O crime foi investigado pela 4ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur), do Aeroporto Internacional Viracopos, e relatado à Justiça em 2016. “O inquérito policial para identificar os demais autores foi reaberto e todas as circunstâncias serão analisadas pela equipe de investigação”, frisou em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), o processo que apura o roubo dos celulares, corre em segredo de Justiça. Detenção A prisão de Leandro Barros da Silva se deu no último dia 27. Segundo a Polícia Militar mineira, ele e ao menos 24 pessoas atacaram uma agência bancária no centro de Uberaba. Duas delas ficaram feridas e uma jovem chegou a ser socorrida, mas acabou morrendo alguns dias depois no hospital. Durante a ação, os bandidos renderam as pessoas que passavam pelo local e as fizeram refém, colocando-as em um caminhão. Em uma das situações, uma vítima chegou a ser amarrada sobre um veículo, como escudo humano. O grupo que transportava os reféns foi encurralado por diferentes grupos da Polícia Militar, a cerca de 6 km da ação, e houve negociação por cerca de 2h30. Dez homens, sendo oito de Campinas, foram presos. Dois oito, pelo menos dois deles participaram de três ataques a bancos em Campinas, antes de 2015. Com eles foram apreendidos 11 fuzis calibres 7,62 e 5,56, além de um fuzil calibre .50 e duas pistolas, uma 9mm e outra .40. Também foram recolhidas munição de diversos calibres e coletes à prova de balas. Parte dos suspeitos foi transferida para presídios federais, uma vez que integra uma facção criminosa de São Paulo. Todos eram egressos do sistema prisional e estavam em liberdade condicional há mais de três anos. SAIBA MAIS Suspeitos presos em MG Jefferson Aparecido Silva Neves, 34 anos, Santa Bárbara d´Oeste Eldo Parecido Correia, 44 anos, Campinas Renato de Almeida Capello, 38 anos, Campinas Marcelo Klinke Severo, 38 anos, Indaiatuba Diego Macedo Gonçalves do Carmo, 35 anos, Jundiaí Andre Ribeiro Marinho, 32 anos, Campinas Nilson Roberto Augusto, 43 anos, Campinas Leandro barros da Silva, 38 anos, Campinas Vitor César do Rosário, 51 anos, Campinas Anderson Felix do Rosário, 40 anos, Campinas Fonte: Polícia Militar (PM) de Uberaba