ENXURRADA

Polícia quer registro de ligações de psicóloga desaparecida

Nesta sexta-feira (10), faz 25 dias que o carro de Érika foi parar dentro do Córrego Piçarrão, na altura do bairro Jardim Miranda, durante forte temporal

Gustavo Abdel/ AAN
10/04/2015 às 18:03.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:48
Erika Cristina Ferreira Rodrigues desapareceu durante o temporal e ela, está grávida de três meses, ia buscar o marido no trabalho no momento da forte chuva desta segunda ( Reprodução/ Facebook)

Erika Cristina Ferreira Rodrigues desapareceu durante o temporal e ela, está grávida de três meses, ia buscar o marido no trabalho no momento da forte chuva desta segunda ( Reprodução/ Facebook)

O delegado titular do Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) de Campinas, Rui Pegolo, aguarda a liberação da operadora para consultar o histórico de ligações do celular da psicóloga Érika Rodrigues, de 38 anos, e estabelecer novos rumos da investigação. A polícia quer saber se no dia do seu desaparecimento Érika efetuou ou recebeu ligações além das conversas com o marido momentos antes de seu sumiço.Nesta sexta-feira (10), faz 25 dias que o carro de Érika foi parar dentro do Córrego Piçarrão, na altura do bairro Jardim Miranda, durante forte temporal que caia na tarde do dia 16 de março. Buscas minuciosas do Corpo de Bombeiros de Campinas e Piracicaba durante três semanas não encontraram nenhum vestígio que pudesse dar algum pista sobre o paradeiro de Érika, que entreva em seu quarto mês de gravidez. A Polícia Civil informou esteve no local onde provavelmente o veículo Ford Ka da psicóloga tenha caído no córrego, ao lado do Curtume, na Avenida Doutor Carlos de Campos. Porém, as únicas câmeras de segurança de uma empresa que poderiam revelar detalhes de como o veículo foi arrastado estão desativadas. A polícia já ouviu três pessoas e deve ouvir novas testemunhas nas próximas semanas.O carro de Érika passa por perícia, mas a polícia não deu prazo para que o resultado das constatações seja revelado. Segundo familiares, que acompanharam a retirada do veículo de dentro do córrego, alguns detalhes sobre o posicionamento do banco chamaram a atenção. O irmão de Érika, Endrigo Rodrigues, observou que o banco do motorista estava posicionado para uma pessoa com altura de 1,80 metro, e não regulado aos 1,55 metros da irmã. A bolsa, que até agora não foi encontrada, o irmão conta que Érika enroscava atrás do banco do condutor.Ainda muito abalada, a mãe da psicóloga, Aparecida Vicentini Ferreira Rodrigues, de 62 anos, acredita que a causa do desaparecimento seja criminosa. "Mesmo assim acredito que minha filha esteja viva em algum lugar". Trabalhando como faxineira, Aparecida revela que o peito aperta no final de tarde, quando sai do serviço e vai para casa. "Está muito difícil lidar com isso", chorou.No dia 16 de março, Érika atrasou alguns minutos para sair da empresa de empilhadeira onde trabalha, no Jardim do Lago, e ligou para o marido dizendo que o temporal a fez atrasar. Depois, ligou novamente para William, informando que estava parada em frente a uma escola, no bairro São Bernardo aguardando a chuva diminuir a intensidade. "Bati o cartão e desci para esperá-la. Mas passou das 18h30 e comecei a ligar para ela. Foram mais de 50 ligações", relembra o marido. Porém, ele não se recorda em qual horário foi a primeira ligação para a esposa após ela estar demorando para encontra-lo em seu local de trabalho, na Vila Teixeira.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por