Júnior Conejo do Prado voltava para casa quando foi baleado nas costas por dois homens em uma moto Hornet 600F
A enfermeira Karen mostra o local onde estava o policial: morte no local (Tatiane Quadra/AAN)
O sargento da Polícia Militar (PM) Júnior Conejo do Prado, de 41 anos, morreu após ser baleado na noite de sexta-feira (18) na Rua Eldorado, paralela com a Rodovia Santos Dumont (SP-75), na altura do Jardim Telesp, em Campinas. Segundo a PM, Prado havia deixado o trabalho na base do Jardim Santa Terezinha e pilotava uma motocicleta Hornet 600F, quando foi atingido com um tiro nas costas. Ele morreu no local e os bandidos fugiram com sua moto. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial como latrocínio, que é roubo seguido de morte. É o 11º latrocínio do ano em Campinas. Ano passado foram seis. De acordo com testemunhas, dois homens em uma moto chegaram por trás, balearam a vítima e fugiram com a Hornet, sem roubar mais nada. A enfermeira socorrista Karen Falivene Lanaro, de 36 anos, viu um homem no chão e parou para prestar socorro. “Ele já estava morto. O tiro atingiu o ombro esquerdo e transfixou a aorta”, contou. Segundo a enfermeira, o policial não chegou a sacar a arma que portava. Karen disse que Prado estava ainda de capacete, com a mochila nas costas e a carteira caída para fora do bolso da calça. “Quando a PM chegou vimos pela foto do RG que se tratava de um policial. Foi quando eu o reconheci, já fiz alguns atendimentos com ele”, comenta. Ninguém deu mais detalhes sobre a ação. As investigações ficarão a cargo da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas. A polícia vai requisitar imagens das câmeras de segurança de motéis e bares da região para ajudar na investigação. Prado trabalhava na 3ª companhia do 47º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI), que fica no Jardim Santa Terezinha, e estaria pelo menos há 18 anos na polícia. O corpo foi levado para a cidade de Aspásia (SP), onde o enterro estava previsto para ocorrer ontem, às 20h. Ele deixa mulher e dois filhos pequenos. Moradores do Jardim Itatinga, perto de onde aconteceu o crime, alegavam ontem que a dona de uma boate teve o braço quebrado durante uma abordagem feita por PMs. O Samu confirmou que uma mulher vítima de agressão no bairro foi levada ao Pronto-Socorro do São José. A assessoria de imprensa da PM informou apenas que as circunstâncias da morte e as denúncias de agressão são objeto de apuração.