11º LATROCÍNIO

Polícia quer imagens de câmeras de motéis para identificar atiradores de PM

Júnior Conejo do Prado voltava para casa quando foi baleado nas costas por dois homens em uma moto Hornet 600F

Tatiane Quadra
19/10/2013 às 18:27.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:53
A enfermeira Karen mostra o local onde estava o policial: morte no local (Tatiane Quadra/AAN)

A enfermeira Karen mostra o local onde estava o policial: morte no local (Tatiane Quadra/AAN)

O sargento da Polícia Militar (PM) Júnior Conejo do Prado, de 41 anos, morreu após ser baleado na noite de sexta-feira (18) na Rua Eldorado, paralela com a Rodovia Santos Dumont (SP-75), na altura do Jardim Telesp, em Campinas. Segundo a PM, Prado havia deixado o trabalho na base do Jardim Santa Terezinha e pilotava uma motocicleta Hornet 600F, quando foi atingido com um tiro nas costas. Ele morreu no local e os bandidos fugiram com sua moto. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial como latrocínio, que é roubo seguido de morte. É o 11º latrocínio do ano em Campinas. Ano passado foram seis. De acordo com testemunhas, dois homens em uma moto chegaram por trás, balearam a vítima e fugiram com a Hornet, sem roubar mais nada. A enfermeira socorrista Karen Falivene Lanaro, de 36 anos, viu um homem no chão e parou para prestar socorro. “Ele já estava morto. O tiro atingiu o ombro esquerdo e transfixou a aorta”, contou. Segundo a enfermeira, o policial não chegou a sacar a arma que portava. Karen disse que Prado estava ainda de capacete, com a mochila nas costas e a carteira caída para fora do bolso da calça. “Quando a PM chegou vimos pela foto do RG que se tratava de um policial. Foi quando eu o reconheci, já fiz alguns atendimentos com ele”, comenta. Ninguém deu mais detalhes sobre a ação. As investigações ficarão a cargo da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas. A polícia vai requisitar imagens das câmeras de segurança de motéis e bares da região para ajudar na investigação. Prado trabalhava na 3ª companhia do 47º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI), que fica no Jardim Santa Terezinha, e estaria pelo menos há 18 anos na polícia. O corpo foi levado para a cidade de Aspásia (SP), onde o enterro estava previsto para ocorrer ontem, às 20h. Ele deixa mulher e dois filhos pequenos. Moradores do Jardim Itatinga, perto de onde aconteceu o crime, alegavam ontem que a dona de uma boate teve o braço quebrado durante uma abordagem feita por PMs. O Samu confirmou que uma mulher vítima de agressão no bairro foi levada ao Pronto-Socorro do São José. A assessoria de imprensa da PM informou apenas que as circunstâncias da morte e as denúncias de agressão são objeto de apuração.

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