Polícia prende suspeito de matar pensionista

A Polícia Militar (PM) identificou e prendeu na manhã desta terça-feira (28), um homem de 25 anos suspeito de matar a pedradas a pensionista Francisca Soares Lima, de 59 anos, na manhã do último domingo, no Jardim Amanda 2, em Hortolândia. A vítima foi achada com o rosto desfigurado, em um terreno, ao lado de uma horta. O suspeito alegou que usava drogas com a mulher e que ela teria ameaçado em atacá-lo com um objeto pontiagudo. A filha da vítima garante que a mãe não usava drogas. A polícia chegou ao suspeito através de um soldado que trabalhou na noite em que ocorreu o crime. Naquele dia, ele e o parceiro dele foram informados pela Central Operacional da PM (Copom) de que um homem havia solicitado socorro, para uma suposta agressão sofrida na rua. Os policiais disseram que seguiram até o endereço indicado e depararam com um rapaz com algumas lesões e manchas de sangue. “A informação era de que uma pessoa havia sido agredida a tijoladas. Deparamos com um individuo na rua e ele disse que havia ido comprar drogas e voltava com uma mulher, quando um terceiro indivíduo passou e jogou pedras neles. Ele correu para um lado e a mulher para o outro. Ele estava com as mãos e dedos machucados, respingo de sangue nas mãos e pés, mas ele não sabia quem era que tinha feito aquilo. Nós oferecemos levá-lo até o UPA, mas ele se recusou. Orientamos ele a fazer boletim de ocorrência e que qualquer coisa ligasse novamente”, contou o soldado Eliezel Marques. Após deixar o expediente e já estar em casa, Marques disse que soube da localização do corpo da mulher e lembrou do rapaz, com manchas de sangue no corpo. Nesta terça-feira, ao retornar ao trabalho, ele e o parceiro foram até a casa do rapaz e encontraram as roupas que ele usava, machadas de sangue. O rapaz foi questionado sobre o dia que pediu ajuda para a PM e ele entrou em contradições e acabou confessando o crime, segundo Marques. “Eu não acredito nesta versão do rapaz. Minha mãe não usava drogas. Ele bebia cerveja, às vezes, nos finais de semana. Por conta da Covid, ela não saia de casa, pois minha irmã de 37 anos é deficiente e minha mãe passa o tempo todo cuidando dela”, disse a confeiteira Andreia Soares de Lima, de 36 anos. “O companheiro da minha mãe disse que ela estava com R$ 150 e esse dinheiro não foi achado. Além disso, minha mãe não saia de casa com faca ou canivete. Não há marcas no corpo dele, apenas na cabeça. Ela jamais atacaria alguém. Eu só quero que a justiça seja feita”, acrescentou. O suspeito foi apresentado no 2º Distrito Policial (DP), onde prestou depoimentos e indiciado no crime de homicídio. Ele foi liberado, mas o delegado pediu prisão temporária. Porém, até o fechamento desta reportagem a Justiça ainda não havia concedido.