Polícia prende dois suspeitos na morte do condutor

Dois dos cinco suspeitos na morte do motorista de Uber, Amarildo Suffi, de 52 anos, foram presos temporariamente pela Polícia Civil segunda-feira, conforme informou ontem a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas. Eles foram localizados na manhã de segunda-feira, após abordagem de rotina da Guarda Municipal, que foi chamada para uma ocorrência de lesão corporal entre dois homens numa pensão no Centro da cidade. Durante a troca de agressões, um deles acusou o outro de ter participado do crime no fim de semana. A dupla prestou depoimento à Polícia Civil juntamente com outras duas pessoas que estavam na pensão, sendo três homens e uma mulher. Um dos rapazes que estava brigando na pensão, D.R.A., de 26 anos, teria chamado o Uber no sábado, por volta das 22h, com o celular de sua namorada. Ela, por sua vez, acusou outro homem que estava na pensão anteontem, E.A.S., de 30 anos, de ter fornecido a arma para D.R.A. e seu grupo de outros três amigos. Eles teriam acionado o aplicativo de transporte no Terminal Central, com destino a um baile funk no bairro São Judas Tadeu, no distrito de Ouro Verde, conforme foi flagrado nos celulares dos suspeitos. Ainda não se sabe quem atirou na vítima. São os três acompanhantes de D.R.A. que a polícia busca localizar agora. D.R.A. e E.A.S. tiveram pedido de prisão temporária de dez dias decretada pelo delegado José Carlos Fernandes, da DIG, e ficarão detidos na cadeia anexa ao 2º Distrito Policial, no bairro São Bernardo, até quarta-feira da semana que vem, quando poderá ser expedido pedido de prisão preventiva. “Já há elementos suficientes para indiciá-los enquanto seguimos com as investigações, principalmente para localizar os outros três rapazes que estavam na cena do crime. Quatro deles estavam diretamente no momento do latrocínio, enquanto outro deles se envolve também por ter fornecido uma arma ilícita sabendo que haveria uma prática de roubo”, pontuou o delegado. O corpo de Amarildo Suffi foi encontrado na manhã de domingo no bairro São Judas Tadeu, enquanto seu carro foi abandonado no Satélite Íris 3. De acordo com José Carlos Fernandes, os suspeitos confessaram que anunciaram o assalto no momento em que o motorista de Uber havia sacado um pacote com dinheiro – cerca de R$ 170 – para pegar um troco. “Como um deles conhecia o motorista e não queria deixar prova para ser reconhecido depois, preferiram matá-lo”, afirmou. A polícia está analisando o celular apreendido com os suspeitos e usado para chamar o Uber. Ainda não se sabe quem efetuou o disparo na nuca do motorista de Uber.