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Polícia prende 2 por falsificação de documentos

Homem de 51 anos e mulher de 63 anos, integram quadrilha que faz saques de cotas de consórcio; eles estavam em um cartório no Cambuí

Alenita Ramirez
02/10/2020 às 12:54.
Atualizado em 27/03/2022 às 23:28
Fachada do 13º DP no Cambuí (Divulgação)

Fachada do 13º DP no Cambuí (Divulgação)

Agentes do 13º Distrito Policial (DP) de Campinas prenderam no final da tarde desta quinta-feira (1º), um homem de 51 anos e uma mulher de 63 anos, suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em falsificação de documentos públicos. Os dois foram detidos quando a mulher tentava fazer uma procuração para receber uma cota de consórcio no valor de R$ 28 mil. Eles foram detidos no 5º Cartório de Notas, no bairro Cambuí, após funcionários suspeitarem dos documentos fornecidos pela mulher e chamarem os policiais civis. Os suspeitos são moradores de Limeira e já têm passagem criminal por estelionato. Inclusive, a mulher saiu da cadeia em 2017. A função dos criminosos é falsificar procurações indicando um terceiro criminoso para sacar ou transferir o valor da cota sorteada de consórcio. Neste caso, a mulher tentava se passar por uma contemplada que estava transferindo a procuração para uma pessoa que receberia as cotas de um consórcio do grupo Bradesco, supostamente de veículo. Ela forneceu documentos de uma mulher do Rio de Janeiro. Ao ser descoberta, ela informou que estava na companhia de dois homens, que estavam do lado de fora do cartório. Um deles foi localizado perto da entrada do cartório e também foi detido. O outro homem fugiu em um Fiat Freemon, que estava estacionado nas imediações. Em poder do suspeito, os policiais encontraram o RG original dela. Ao pesquisar pelo nome dele, os agentes descobriram que era procurado da Justiça, por uma prisão preventiva por estelionato, expedido pela 3ª Vara Criminal de Limeira. O homem e a mulher foram presos por uso de documento falso e associação criminosa. De acordo com o investigador-chefe Marcelo Hayashi, os suspeitos confessaram o crime e alegaram que receberiam R$ 300 e R$ 1 mil, respectivamente pelos serviços prestados. O homem foi encaminhado para a cadeia anexa ao 2º DP, no bairro São Bernardo, e a mulher, para a cadeia feminina em Paulínia. Golpe boleto No início desta semana, os policiais também detiveram um homem suspeito de integrar uma quadrilha especializada em aplicar o golpe do boleto. Neste caso, os criminosos ligam para uma vítima endividada, faz a cobrança sob ameaça e quando o alvo concorda em pagar o valor, eles emitem um boleto com código de barra falso, que remete a uma conta-corrente usada pelos criminosos. Os policiais chegaram ao suspeito após serem alertados pelo gerente do Banco do Brasil, no bairro Cambuí. A vítima é de Minas Gerais e desconfiou do golpe após pagar uma dívida de R$ 16 mil para o banco BF Finaceira. Entretanto, ele observou após o depósito que o dinheiro foi para uma agência do Banco do Brasil. Ele avisou o BF, que alertou o banco em Campinas. O homem foi detido quando foi sacar o dinheiro. Ele prestou depoimentos e vai responder por estelionato em liberdade. “Esses crimes noticiados mais outros como o golpe do motoboy que vai até a residência buscar o cartão supostamente clonado, o golpe da venda de veículos através de um intermediário e ainda as fraudes pelos aplicativos que pedem depósitos passando-se por amigo ou parente, cresceram muito neste período de pandemia. A melhor maneira em evitar é não ter pressa em atender o pedido do interlocutor, questionar se a fraude já foi detectada, qual o motivo da ligação e procurar utilizar outro aparelho de telefone para confirmar as informações com sua agência bancária nos números oficiais e não o fornecido pelo interlocutor e ainda, procurar auxílio de algum amigo ou parente antes de enviar o dinheiro, sem afobação”, ensinou o delegado Cássio Vita Biazolli.

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