Civil pede prisão de suspeito de coautoria em atentado contra servidora no Cemitério da Saudade
A Polícia Civil encaminhou mais um pedido de prisão preventiva à Justiça no caso da mulher baleada e agredida no Cemitério da Saudade no sábado passado, durante o exercício de sua função na área administrativa da Serviços Técnicos Gerais (Setec). Um esquema criminoso dentro do cemitério está sendo alvo das investigações. O delegado do 5º Distrito Policial, Sandro Jonasson, explicou que um segundo suspeito atuou diretamente na ação criminosa e foi acusado como coautor da tentativa de homicídio, junto com Reginaldo Ferreira da Silva, conhecido como Juquinha, empreiteiro do cemitério que está foragido desde o dia 26 de agosto passado, quando a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dele. O nome desse segundo acusado foi mantido em sigilo. Jonasson afirmou que na sexta-feira passada, a Polícia Civil colheu depoimentos da mulher baleada e agredida com uma coronhada na cabeça. Durante o depoimento com duração de três horas e meia, no 5º Distrito Policial, a mulher demonstrou estar bastante abalada e com muito medo. O delegado disse que ela relatou a existência de ameaças no ambiente de trabalho e que existe um esquema criminoso dentro do cemitério. “O depoimento dela agregou muitas informações às investigações, pois apresentou nomes, ocasiões e contextos que resultaram no pedido de prisão preventiva de mais uma pessoa”, afirmou Jonasson. Segundo o delegado, as declarações dela foram consistentes. “Há indícios de um esquema criminoso dentro do cemitério, focado na proteção a um grupo de prestadores de serviços que agem de forma indevida”, revelou. As ameaças contra a mulher já vinham ocorrendo há alguns meses. “A vítima nos declinou, que ela já era alvo de ameaças e coações por não compactuar com algumas irregularidades que ocorriam de forma costumeira no cemitério. Declinou que havia um esquema voltado para proteção de alguns empreiteiros e que ela teria se postado contrária, motivo pelo qual ela sofreu algumas perseguições”, afirmou o delegado. Vale lembrar que em maio deste ano, a Polícia Civil deflagrou uma operação contra um suposto esquema de furtos no cemitério e Reginaldo estava entre os investigados. O estado de saúde da mulher é preocupante. “Ela está com lesões profundas na cabeça, tem um projétil alojado no corpo, sente muitas dores e vive sob medicamentos. Está nitidamente com medo”, afirmou Jonasson. A assessoria da Setec informou que desconhece denúncias ou relatos da vítima.