CÂMARA

Polícia investiga ameaça de morte a Juan Quirós

Rodrigo Pavane teria coagido ainda uma chefe de gabinete

Maria Teresa Costa
02/11/2019 às 10:33.
Atualizado em 30/03/2022 às 13:44

Conhecido por provocar confusões e por suas falas agressivas na Câmara de Campinas, o consultor Rodrigo Pavane, o VR, terá que explicar à polícia as ameaças de morte que teria feito ao pré-candidato do DEM a prefeito em 2020, Juan Quirós, e também ameaças à chefe de gabinete do vereador Campos Filho, Solange Leite, na manhã de ontem. A Polícia Civil informou que abriu investigação das denúncias e estuda pedir à Justiça decretação de medidas cautelares contra Pavane, como proibição de se aproximar das pessoas que o denunciaram ou sua entrada na Câmara. A chefe de gabinete foi testemunha de Quirós no registro do Boletim de Ocorrência na quinta-feira, relatando que Pavane teria afirmado que ele estaria morto dia 6 ou 7 de novembro. Ela também registrou Boletim de Ocorrência relatando que Pavane foi ao gabinete do vereador Campos Filho, onde ela trabalha, na manhã de ontem tomar satisfações. O encontro acabou em discussão na sala do parlamentar e nos corredores da Câmara. Segundo ela, só não houve agressão física porque o assessor jurídico do vereador impediu. "Posso ser agitado, ter meus problemas, mas não sou louco de ameaçar alguém de morte dentro da Câmara. O que eu disse foi que entre os dias 6 e 7 ele estará morto, porque nessas datas a executiva do DEM vai definir quem será o candidato do partido. Quirós não será o escolhido, porque ninguém o quer como candidato. Falei para esquecer Quirós, que ele está morto. Mas morto politicamente. Ele está distorcendo a história para fazer marketing político e está dando certo", afirmou Pavane. Ele disse também que não ameaçou a chefe de gabinete; o que houve, afirmou, foi bate-boca. Segundo o delegado coordenador da Unidade de Inteligência do Deinter-2, Oswaldo Diez Júnior, imagens das câmeras de monitoramento da Câmara serão pedidas no processo de investigação. Ele informou que as duas denúncias serão apuradas e que, se provado que Pavane provocou confusão para ameaçar testemunha, poderá qualificar crime de coação, o que é grave. Pavane será chamado a depor na próxima semana. Pavane tem sido principal personagem de várias confusões ocorridas na Câmara. Em 2013 ele quebrou o quadro oficial da ex-vereadora Marcela Moreira (PSO) durante uma sessão. Em setembro do ano passado, após ameaçar o vereador Vinicius Grati (PSB), foi proibido de entrar no plenário da Câmara pela Presidência da Casa. Pavane também causou tumulto no início do ano, na sessão de julgamento do impeachment de Jonas. Ele também provocou confusão em Paulínia, quando xingou o vereador Tiguila Paes na sessão.

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