latrocínio

Polícia identifica suspeito de matar cozinheiro

O cozinheiro Simão de Holanda Rodrigues, de 24 anos, foi assassinado neste mês na região do Campo Belo

Alenita Ramirez
28/04/2020 às 18:28.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:39

A Polícia Civil identificou nesta semana o suspeito de ter matado o cozinheiro Simão de Holanda Rodrigues, de 24 anos, neste mês na região do Campo Belo, e também confirmou o crime como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Com esta confirmação, já é o terceiro latrocínio neste ano na cidade. Samuel Nunes da Silva Freitas, de 19 anos, foi identificado após policiais da 3ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ligada à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Campinas, constatarem que o suspeito usava o cartão de crédito da vítima em estabelecimentos comerciais daquela região e também encontrarem imagens que revelaram que a vítima esteve com o suspeito antes de desaparecer. O suspeito gastou cerca de R$ 5 mil no cartão de crédito do cozinheiro, comprando itens que incluíam até bicicleta. Rodrigues foi espancado e sofreu traumatismo craniano. O corpo foi achado em chamas na manhã do dia 14, a cerca de 40 metros da casa do suspeito e a 200 metros de uma lixeira, onde cinco dias antes foi encontrado um recém-nascido, que morreu no hospital. Em princípio a polícia achou que o corpo carbonizado era da mãe da criança, mas a identificação foi possível com exame de comparação da arcada dentária do cozinheiro, única parte do corpo que ficou preservada. Segundo o delegado Rui Pegolo, Freitas se apresentou com um advogado nesta segunda-feira e negou o crime, apesar das imagens e testemunhas confirmarem que ele esteve todo o tempo com a vítima, antes do seu desaparecimento. “Ele alega que é traficante e vendeu droga para a vítima, que não tinha dinheiro e deixou o cartão de crédito como garantia de pagamento, mas isso não é verdade”, disse o delegado. Com a identificação do suspeito, Pegolo afirma que o inquérito foi concluído e será solicitada à Justiça a prisão preventiva. O crime Rodrigues desapareceu após sair de moto para ir a um bar na noite do dia 12. O jovem, cuja esposa está grávida de oito meses, trabalhava em duas padarias de alto padrão, localizadas em bairros nobres da cidade. Segundo Pegolo, Rodrigues conheceu Freitas em um bar onde beberam e depois seguiram para um pagode, nas margens da Rodovia Miguel Melhado de Campos. Foi neste local que o suspeito planejou roubar o cozinheiro, com um comparsa que recusou. “Simão era um rapaz que tinha uma moto boa, uma CG 150 preta, bom celular e de boa aparência. Tava sozinho e isso fez com que o suspeito ‘crescesse’ os olhos nele”, disse o delegado. Já embriagado, após deixarem o pagode, o cozinheiro e o suspeito seguiram até uma padaria 24 horas, onde a vítima pagou uma pizza para Freitas. Segundo Pegolo, o suspeito conseguiu a senha da vítima no momento do pagamento, quando digitou a senha na máquina. Os dois estiveram no local até 3h da madrugada e depois disso não foram mais vistos. No entanto, no dia seguinte o suspeito passou a usar o cartão de crédito da vítima no comércio. Freitas mora com o pai e está em liberdade condicional há dois meses. A moto e o celular da vítima não foram localizados. A polícia acredita que o suspeito tenha vendido.

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