CRIME AMBIENTAL

Polícia fecha laboratório clandestino em Campinas

Duas mulheres responsáveis pelo laboratório foram autuadas em flagrante pelo crime ambiental

Patrícia Azevedo
patricia.azevedo@rac.com.br
07/02/2013 às 18:21.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:20

Os produtos ficavam acondicionados em grandes galões de plástico (Érica Dezzone/AAN)

A Polícia Civil de Campinas fechou na manhã desta quinta-feira (7) um laboratório clandestino que fabricava produtos de limpeza.

No local, uma casa que fica na Rua Fernando Paes Barros, no Jardim Esmeraldina, os policiais encontraram um farto estoque de produtos químicos como ácido clorídrico, soda cáustica e Lauril Eter Sulfato de Sódio.

"Aqui elas fabricavam produtos de limpeza que eram envasados sem qualquer controle e vendidos de porta em porta em vários bairros", afirmou a delegada Rosana Mortari, titular da Delegacia de proteção aos animais e meio ambiente.

Produtos como desinfetante, amaciantes, detergentes e água sanitária eram produzidos de forma improvisada na garagem da casa. As substâncias eram manipuladas sem o devido cuidado.

As duas mulheres responsáveis pelo laboratório foram autuadas em flagrante pelo crime ambiental. Elas mesmas fabricavam os produtos usando apenas uma luva simples para manipular cloro e outros ácidos.

Os produtos ficavam acondicionados em grandes galões de plástico. Eram envasados ali mesmo. "Elas não tem qualquer autorização para fabricar químicos e não têm formação para produzir os produtos", completou a delegada.

As duas foram autuadas em flagrante pelo artigo 56 da Lei do Meio Ambiente. "Elas produziam produtos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente", completou a policial.

O crime pode render uma pena de até quatro anos de prisão. A delegada estipulou fiança para que as duas acusadas, que não quiseram ser identificadas, respondam ao processo em liberdade.

Em entrevista à reportagem, elas confirmaram que fabricavam os produtos e que não têm formação química. "Quem me deu a receita para fazer os oito produtos foi um amigo meu", afirmou uma das acusadas.

Elas contaram que trabalhavam vendendo produtos de limpeza há cerca de um ano. Além de preparar as misturas, as duas envasavam e colocavam um rótulo com o nome de uma empresa que montaram.

Os produtos eram colocados em caminhões para ser distribuído em bairros da região como Jardim Esmeraldina, Nova Europa e Carlos Lourenço.

Uma média de 100 galões de produtos eram vendidos todos os meses. "Não fazemos nada errado. Trabalhamos das seis da manhã às oito da noite", afirmou outra acusada.

O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) foi ao local e interditou o laboratório, que estava sem licença dos órgãos sanitários competentes.

Além disso, informou o órgão, os produtos saneantes domisanitários estavam sendo fabricados sem padrão de identidade, qualidade e segurança.

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