Polícia espera Unicamp para investigar invasão

A Polícia Civil aguarda o envio das imagens do circuito interno da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para dar andamento ao inquérito que apura a invasão da reitoria no dia 3 de outubro. Até o momento, duas pessoas foram ouvidas. A polícia solicitou a apresentação de funcionários que presenciaram a invasão para prestarem esclarecimentos, mas até o momento eles não se apresentaram. O delegado Cássio Vita Biazolli, do 7º DP, afirmou que também aguarda o resultado do laudo da Perícia Técnica Científica, que esteve no local no dia 22 de outubro. O prazo para a entrega do laudo é de 30 dias. "Estamos aguardando o envio das imagens, os resultados do laudo e a chegada de outras diligências para podermos constatar a materialidade do delito e verificar o patrimônio que foi danificado e o valor", afirmou Biazolli. Segundo o delegado, nenhum estudante foi chamado para depor. "Não tenho o que falar com eles antes da constatação dos fatos. Por enquanto, é prematuro chamá-los", disse. Ele afirmou ainda que fez uma solicitação bastante extensa para a Unicamp e que aguarda. "Pedimos imagens e uma série de coisas para a universidade."A investigação também usará imagens e fotos divulgadas pela imprensa desde o primeiro dia da invasão. Em nota, a Unicamp informou que fornecerá as informações solicitadas dentro dos prazos estabelecidos. Os prazos porém não forma informados. Os alunos invadiram a reitoria para protestar contra o convênio feito entre a Unicamp e a Polícia Militar para patrulhamento dentro do campus. O acordo foi feito após a morte do estudante Denis Papa Casagrande, de 21 anos, em uma festa clandestina no interior da Unicamp no dia 21 de setembro. Durante a invasão, janelas, vidros e portas foram quebrados. O grupo permaneceu na reitoria por 18 dias e antes de deixarem o prédio, fez uma limpeza e se comprometeu a arcar com os prejuízos. A universidade desistiu de realizar o convênio e entrou em acordo com os alunos se comprometendo a criar um amplo debate para discutir a segurança na universidade.