flagrante

Polícia encontra corpo do motorista de app

O corpo foi achado carbonizado, em uma área de mata, no Jardim Novo Sol, perto do Cemitério Parque das Flores, na região do Satélite Iris

Alenita Ramirez
08/07/2020 às 08:01.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:02
De acordo com investigações, pelo menos 4 pessoas estão envolvidas (Wagner Souza/AAN)

De acordo com investigações, pelo menos 4 pessoas estão envolvidas (Wagner Souza/AAN)

Um flagrante sobre roubo e receptação de máquima de fazer churros na noite da última segunda-feira, levou a Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil de Campinas a encontrarem o corpo do motorista de aplicativo Luiz Otávio Comissio, de 23 anos, que tinha desaparecido no último dia 29, após aceitar uma corrida do Jardim Satélite Íris até o centro da cidade. A vítima foi assassinada e teve o corpo queimado após discutir com uma cliente. O corpo foi achado carbonizado, em uma área de mata, no Jardim Novo Sol, perto do Cemitério Parque das Flores, na região do Satélite Iris. A cliente e o marido dela confessaram o crime e foram presos em flagrante por ocultação de cadáver. Outros dois homens também participaram do crime e foram detidos ontem por agentes do Baep, no Jardim Ouro Preto. já foram identificados pelo Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP). De acordo com a polícia, Comissio foi amordaçado, morto a pauladas e pedradas e teve o corpo queimado após discutir com a passageira, a dona de casa Júlia Stefany Gonçalves, de 19 anos. O crime teria sido praticado pelo companheiro da suspeita, o embalador Caíque Luan Firmino de Souza Martim, de 25 anos, e mais dois homens. Segundo o delegado do SHPP, Rui Pegolo, o casal confessou que o jovem foi morto no mesmo dia do desaparecimento. Ele teria levado Júlia até o centro da cidade, onde ela foi pegar R$ 400 referentes a última parcela de um carro que ela tinha vendido. Ainda conforme Pegolo, Júlia conheceu Comissio após usar o serviço por duas vezes, pelo aplicativo. No dia do crime, ela o chamou pelo celular particular dele. “Houve uma discussão da passageira com o comprador do carro, que exigiu recibo do veículo. Como a moça não deu o documento para o homem, ele achou que o motorista do ap fosse marido dela e filmou o veículo, Comissio não gostou e brigou com a passageira”, revelou Pegolo. Durante a briga, segundo a suspeita, Comissio a agrediu o que a levou a ligar para o marido, que ficou enfurecido e arquitetou a morte do jovem. Martim e dois comparsas montaram uma cilada para o rapaz. Segundo Pegolo, Júlia confessou que comprou até fitas para amordaçar a vítima. Após matá-lo, os assassinos colocaram o corpo no porta-malas e desovou na mata, onde atearam fogo. “O rapaz chegou a enviar mensagem para a família alertando sobre um eventual desaparecimento, que rastreasse o celular, que estava ativado”, contou o delegado. Os acusados contaram que pegaram o celular da vítima e venderam no camelódromo. Investigação Logo que o SHPP assumiu as investigações do desaparecimento do motorista de app, foi enviada uma mensagem às delegacias e à PM sobre a apuração do caso, alertando para as características . Na noite da última segunda-feira, agentes do 1° Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) apresentaram no plantão da 2ª delegacia Seccional dois homens suspeitos de roubo e receptação de uma máquina de fazer churros com a Fiorino, em maio deste ano, na cidade. Um dos suspeitos era Martim, que não foi reconhecido pela vítima de roubo. Porém, como os agentes souberam na delegacia sobre o desaparecimento do jovem na região onde o embalador foi detido, passaram a questioná-lo do caso. Segundo o sargento Fábio Jean, o suspeito então confessou que havia matado o motorista, com a participação da mulher e de dois amigos. O SHPP foi acionado e, junto com os suspeitos, e o Baep, foram até o local onde estava o corpo da vítima.

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