paulínia

Polícia Civil vai investigar escuta ilegal

O Fórum de Paulínia foi reaberto ontem e voltou a funcionar normalmente um dia após a Polícia Civil encontrar uma escuta telefônica clandestina

Henrique Hein
11/03/2020 às 08:10.
Atualizado em 29/03/2022 às 17:36

O Fórum de Paulínia foi reaberto ontem e voltou a funcionar normalmente um dia após a Polícia Civil encontrar uma escuta telefônica clandestina dentro do gabinete do juiz da 1ª Vara Distrital Carlos Eduardo Mendes (diferentemente do que foi publicado na edição de ontem, o magistrado não trabalha como juiz eleitoral). A Polícia Civil vai investigar o caso. O edifício, que fica na região central da cidade, foi cercado na última segunda-feira pelas autoridades, interditado e as atividades foram suspensas para que a perícia pudesse ser realizada. A perícia oficial ocorreu após varredura feita por peritos particulares apontar irregularidades no gabinete. Do lado de fora, guardas municipais ofereceram suporte, isolando a rua e reorganizando o trânsito para que ninguém se aproximasse do local. De acordo com a Polícia Civil, o magistrado foi quem pediu a perícia após desconfiar que alguém poderia ter colocado um grampo telefônico dentro de sua sala. Até o fechamento dessa edição, as investigações a cerca do caso seguiam sem novidades. Ninguém havia sido preso e também não havia informações sobre quem poderia ter colocado a escuta. Mendes possui um currículo de medidas tomadas contra os vereadores da cidade. Em fevereiro de 2018, foi ele quem emitiu uma liminar determinando que 13 dos 15 parlamentares de Paulínia fossem afastados de suas funções legislativas, acusados pelo Ministério Público Estadual de barrar apuração de irregularidades em contratos assinados pelo ex-prefeito Dixon Carvalho (PP), em troca de cargos na Prefeitura. O juiz também anulou uma sessão realizada em agosto de 2017, quando os vereadores votaram contra a abertura de investigação das denúncias envolvendo o prefeito e eles próprios. O magistrado entendeu que os vereadores não poderiam ter afastado acusações em que eles próprios estavam envolvidos. Em nota conjunta, divulgada em redes sociais, os 13 vereadores negam "veementemente", na oportunidade, que praticaram qualquer "troca de favores".

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