O ato ocorre em todo o estado e reivindica melhores condições de trabalho dos policiais civis
Faixada do 10º Distrito Policial de Campinas, no Jardim Guarani (Patrícia Azevedo/AAN)
A Polícia Civil do Estado de São Paulo iniciou nesta segunda-feira (29) a Operação Blecaute, com um paralisação de duas horas, das 10h às 12h. O ato reivindica melhores condições de trabalho e falta de valorização da Policia Civil, segundo nota da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) enviada à imprensa. Em Campinas, apenas os casos de urgência continuam sendo atendidos nos distritos policiais mesmo durante as duas horas de paralisação previstas para ocorrer em todo o estado. Segundo o Sindicato da Polícia Civil de Campinas, o curto prazo do ato acontece devido ao respeito à população que necessita do serviço de segurança.Confira na íntegra a nota da ADPESP: A falta de valorização da Policia Civil foi o principal alvo desta ação que mobilizou quase 100 por cento de todas as delegacias do Estado. O objetivo foi protestar contra a desvalorização e o sucateamento da Polícia Civil impedindo-a de prestar um serviço de melhor qualidade, prejudicando o atendimento e o esclarecimento de diversos crimes, aumentado a impunidade e diminuindo a segurança. Entre as reivindicações estão: a reestruturação da Polícia Civil com carreira jurídica para delegados, nível universitário para investigadores e escrivães e recomposição salarial. O ato realizado no dia do nascimento da Princesa Isabel, libertadora dos escravos na época do Império, simbolizou também que a Polícia Civil é composta não escravos, mas por guerreiros. Para a presidente da ADPESP (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), entidade que reúne mais de 4 mil Delegados associados, atendendo o desejo de todos Policiais Civis do Estado, organizando, portanto, o movimento Dra. Marilda Pansonato Pinheiro, a Polícia Civil se une em uma luta digna, “esta paralisação tem por objetivo chamar a atenção da sociedade, pedir socorro, contra as péssimas condições de trabalho que o Governo vem impondo à categoria, cujos nefastos resultados são suportados pelos nossos usuários. Em todas as negociações com o Governo, que vem se estendendo há mais de dois anos, não houve avanço. O ato de hoje foi apenas um protesto porque a deflagração de um movimento paredista, mesmo penalizando toda a sociedade civil, será o último recurso a ser adotado, sempre atendendo os interesses da classe e da população”, explicou. Confira no site da ADPESP ( adpesp.org.br ) a listagem com algumas delegacias que aderiram à paralisação. Com informações de Inaê Miranda/AAN Veja também Paralisação da Polícia Civil tem adesão de 80% O movimento tem como objetivo reivindicar aumento de salários e também melhoria de infraestrutura