Autônomo teria sido perseguido e agredido com socos, pontapés e facadas
Equipe de socorristas observa o carro no matagal da Rodovia dos Agricultores, em Valinhos: caso intrigante (Divulgação)
Uma suposta briga de trânsito pode ter culminado em acidente e morte, anteontem à noite, em Valinhos. O caso é investigado pela Polícia Civil. A vítima é um autônomo de 39 anos, que foi achado morto após perder a direção do carro em que estava e cair em uma ribanceira na Rodovia dos Agricultores, na altura do bairro Cecap. Alex Rafael Ortiz de Godoy estava com o filho de 7 anos e o pai, de 78 anos. O grupo voltava de uma confraternização do Dia das Mães, realizada na casa de um irmão da vítima, no Parque Portugal, na cidade. Segundo as primeiras apurações da polícia e da Guarda Municipal (DM), Godoy se envolveu em uma briga de trânsito em um cruzamento com um homem desconhecido, que o perseguiu e bateu várias vezes no carro do autônomo. Segundo a apuração, a vítima chegou a ser parada e arrancada do interior do veículo durante a perseguição e foi neste momento que ele levou socos, pontapés e ao menos 11 facadas. Mesmo ferida, a vítima conseguiu escapar do agressor, correr para o carro e a dirigir por algum tempo, mas acabou perdendo o controle e caiu na ribanceira. Foi necessária a ajuda do Corpo de Bombeiros para retirar o idoso do carro. Quando a GM chegou no local, o idoso já tinha sido socorrido e o menino levado por familiares. O autônomo estava morto. O pai da vítima é enferma e seguia internada ontem, mas sem risco de morte. O menino não sofreu lesões, mas ficou abalado. “O idoso não fala e dependemos da criança para explicar o que aconteceu. Ou até mesmo de testemunhas. Estamos sem saber”, disse um investigador. Ontem, os policiais voltaram no trecho em que a vítima passou em busca de imagens e de informações para entender o que realmente aconteceu. Segundo os policiais, Godoy tem passagem criminal pela Justiça por ameaças, injúria e porte ilegal de arma. “Estamos trabalhando com várias linhas de investigação, entre elas a de briga de trânsito. Precisamos achar testemunhas e ouvir parentes, principalmente o menino”, disse o investigador.