AVANÇO

Polícia analisa laudos em investigação sobre chacina

Foram periciadas armas de 31 policiais militares, além de estojos e cápsulas

Felipe Tonon/AAN
18/03/2014 às 23:05.
Atualizado em 24/04/2022 às 14:44

A equipe do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa de Campinas (SHPP) está analisando desde esta terça-feira (18) os laudos de balística produzidos pelo Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, que podem ajudar a solucionar a autoria da chacina do Ouro Verde, que deixou 12 pessoas mortas em janeiro. Os documentos chegaram 65 dias depois dos crimes. Nesta semana, um policial militar irá prestar depoimento. De acordo com o delegado chefe das investigações, Rui Pegolo, ao todo, são 52 lautos que vieram do IC. Foram periciadas armas de 31 policiais militares, além de estojos e cápsulas, que foram confrontadas com as balas que atingiram as vítimas. “Estamos analisando tudo. Vamos tentar saber se os resultados ajudam ou não nas investigações”, afirmou. Na próxima sexta-feira, o Setor de Homicídios deve divulgar se, a partir dos documentos, será possível identificar quem foram os autores dos crimes. Das 12 mortes ocorridas entre a noite do dia 12 de janeiro e a madrugada do dia 13, apenas os autores de uma foram identificados e denunciados por homicídio duplamente qualificado. São seis policiais militares de Campinas — cinco deles estão presos desde 29 de janeiro no presídio militar Romão Gomes e o sexto está em liberdade porque auxiliou nas investigações — que teriam participação na morte do adolescente Joab Gama das Neves, de 17 anos, assassinado com um tiro na cabeça, no Jardim Nova América. A participação desses militares nas outras mortes ainda não foi comprovada. A Polícia Civil continua apurando se outros policiais militares podem ter envolvimento nos crimes.

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