ESTUFAS DO CRIME

Polícia acha 'latifúndio' de maconha no Nova Europa

Quatro homens foram presos em flagrante por tráfico e associação criminosa

Alenita Ramirez
alenita.jesus@rac.com.br
30/06/2018 às 09:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 14:22

A casa que abrigava cerca de 1,7 mil pés da planta era engenhosamente estruturada para as etapas do tráfico, como o trato especial às mudas (Leandro Ferreira)

A Polícia Militar descobriu no início da tarde de ontem um cultivo com cerca de 1,7 mil pés de maconha, de diversos tamanhos, em uma casa no Jardim Nova Europa, em Campinas. Quatro homens foram presos em flagrante por tráfico e associação criminosa. Uma Ducato, com placas de Salto, e um Hyundai Elantra, com placas de Indaiatuba, foram apreendidos. A estufa contava com sistema de aquecimento, refrigeração e de iluminação violeta, além de filtro de carvão na tubulação para inibir cheiro e não despertar a atenção da vizinhança. As mudas de três meses eram vendidas a R$ 1 mil. As matrizes estão avaliadas em R$ 200 mil, cada. A localização da plantação ocorreu depois que uma equipe da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) desconfiou de dois rapazes que demonstraram nervosismo durante patrulhamento pelo bairro. Eles estavam em frente a uma casa, na esquina da Rua Taquaritinga. Um deles chegou a correr para o interior do imóvel. Mas os dois foram presos em flagrante. “O que ficou na calçada estava com uma porção de maconha e admitiu que dentro da casa havia mais coisas. Os policiais entraram e acharam a plantação”, contou o tenente Gabriel Agostini. A plantação estava distribuída em seis cômodos da casa. Cada estufa era de estágios diferentes de crescimento. As “madres” tinham cerca de 2m de altura e ficavam em uma estufa logo na entrada do cultivo. Ao menos 15 pés estavam no local. “Os dois rapazes que estavam na casa eram os ‘jardineiros’”, disse o cabo da Rocam, Everton Trindade. Segundo Agostini, os suspeitos disseram que cada “madre” produzia por mês 45 mudas. Essas “madres”, segundo o tenente, foram compradas pela internet. “Trata-se da cannabis indian, trazida de fora do País. É uma droga mais sofisticada e vendida para um público mais elevado”, disse Agostini. No corredor da casa, na parte externa do quintal, os policiais acharam três caixas com ao menos 15 pés de maconha, preparadas para serem transportadas. Durante a ação, os suspeitos receberam uma ligação, que dava conta de que outros criminosos iriam à casa fazer um carregamento. Como havia várias viaturas e a imprensa no local, todos deixaram a rua para que não fossem levantadas suspeitadas. Todos se esconderam. Pouco tempo depois, outras quatro pessoas chegaram, sendo dois homens no Elantra e dois na Ducato. Eles chegaram com três minutos de diferença e foram presos. Segundo a PM, a plantação era cultivada no imóvel haviam pelo menos seis meses. Os vizinhos afirmam que não sabiam do cultivo, mas estranhavam a movimentação de veículos no local e a presença de vários cachorros. O imóvel, segundo moradores, pertence a um traficante chamado Andrezinho, cuja família mudou de endereço há pelo menos dois meses. A apreensão com prisão foi apresentada na Central de Flagrantes da 1ª Delegacia Seccional. Os dois homens que estavam no Elantra tinham cargo de vigias e davam cobertura aos transportadores da Ducato. Eles faziam o transporte das plantas a cada um dia.

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