Paranaense foi encontrado nas ruas do Jardim Morada do Sol e apresenta problemas mentais
Arnaldo de Souza tem 49 anos e está internado em Centro de Reabilitação (Divulgação)
Arnaldo Venceslau de Souza, de 49 anos, acolhido pelo Serviço Especializado em Abordagem Social e Para Pessoas em Situação de Rua de Indaiatuba, procura por seus familiares. Como apresenta confusão mental, a equipe de acolhimento faz apelo à população para ajudá-lo a encontrar sua família. Quem tiver dados, pode entrar em contato pelos telefones: (19) 3875-2600 e 3801-4639.
Souza é natural de Florestópolis, Paraná, e foi encontrado em situação de rua no Jardim Morada do Sol em fevereiro deste ano. Já passou pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) e Instituto de Reabilitação e Prevenção em Saúde Indaiá (IRPSI), onde está internado. As informações que Souza dá a equipe são imprecisas. Ele disse que tinha irmãos no residencial do CDHU e a equipe procurou pelos familiares, mas não os encontrou. Em outro momento, explicou que a unidade habitacional era em Jundiaí e não em Indaiatuba. Apesar de estar sob cuidados, Souza deseja ir embora: “Ele está bem tratado, mas querendo deixar o Instituto e estamos tentando localizar seus familiares", comenta a assistente social Antonia Canobel.
O Serviço Especializado em abordagem Social e Para Pessoas em Situação de Rua, da Secretaria Municipal da Assistência Social, tem como objetivo acolher e prestar atendimento a criança, adolescentes, pessoa adulta, encaminhando para tratamento e reintegração na sociedade, além de acompanhar e monitorar os usuários da assistência social e seus familiares. A equipe de sete profissionais é composta por uma diretora, uma coordenadora, uma assistente social, uma recepcionista, um motorista e dois educadores sociais. O Serviço funciona no Centro de Referência Especializado em Situação de Rua (Creas), localizado no Bairro Santa Cruz.
Recentemente, o Correio Popular retratou o problema de pessoas que 'não existem' oficialmente, devido a perda de memória e identidade. Os familiares nem sempre os procuram e o encontro torna-se mais difícil quando além das dificuldades mentais, há problemas de fala, que são fortes obstáculos. Era o caso de João Noel, nome que recebeu dos funcionários do Serviço de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Mendicante (Samin), em Campinas. Ele apareceu na porta do serviço no dia 14 de abril de 2009 sem saber se chegou ali sozinho ou deixado por alguém e nunca foi procurado. Uma semana apenas a publicação de sua história e foto no Correio, o mistério de quatro anos foi resolvido e João Noel foi reconhecido pela família, que mora em Sumaré.
Os familiares apresentaram documentos que comprovam que aquele senhor, na verdade, chama-se Noel Alves da Silva e que tem 59 anos. Avesso a qualquer contato físico, Noel nunca permitiu que ninguém o tocasse. Sempre se mostrava incomodado com a aproximação. Na manhã do encontro com os dois irmãos, porém, mesmo sem conseguir falar, seus gestos mostraram que o momento era especial. Depois de quatro anos arredio, o homem finalmente se deixou abraçar por aquele que ele reconheceu como alguém da sua família.