CARGOS

PMDB procura ampliar participação no governo

Peemedebistas teriam interesse em ocupar uma das secretarias

Milene Moreto
01/03/2013 às 11:23.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:39
Os vereadores Cid Ferreira e José Carlos Silva, da bancada do PMDB na Câmara: cargos no Executivo (Leandro Ferreira/4fev2013/AAN)

Os vereadores Cid Ferreira e José Carlos Silva, da bancada do PMDB na Câmara: cargos no Executivo (Leandro Ferreira/4fev2013/AAN)

Depois de se decidir pelo apoio ao PT na eleição municipal do ano passado, o PMDB de Campinas busca agora acordo com o governo do prefeito Jonas Donizette (PSB) para conseguir maior participação na atual gestão. Até agora, os únicos que foram beneficiados com indicações de cargos no Executivo são os dois vereadores que integram a bancada do PMDB na Câmara, Cid Ferreira e José Carlos Silva, o Zé Carlos. Peemedebistas que não se reelegeram ou que ficaram de fora da disputa eleitoral no ano passado não conseguiram espaço na divisão do primeiro escalão. No foco do partido estaria a Secretaria de Cidadania, Assistência e Inclusão Social.

Oficialmente, os peemedebistas negam o objetivo de ampliar a participação no governo. A indefinição sobre o comando do diretório, nas mãos de uma comissão provisória, tem dificultado as conversas sobre a aliança e aberto espaço para que várias correntes da sigla negociem de forma independente. Apesar de terem indicado cargos, a informação nos bastidores é de que a bancada na Câmara está insatisfeita com a pequena participação no governo e articula junto ao Executivo a ampliação da representação do PMDB no Palácio dos Jequitibás. Também reivindica nas instâncias superiores da sigla a presidência do diretório.

Zé Carlos nega que existam articulações e disse que esse tipo de discussão tem sido feita no âmbito estadual e federal. Para o parlamentar, o PMDB está preocupado agora com a recondução do vice-presidente da República Michel Temer na chapa do PT para concorrer à reeleição no próximo ano. “Depois disso (recondução de Michel Temer à reeleição em 2014) vamos discutir de que forma será resolvida a questão do diretório”, disse. Zé Carlos é um dos nomes cotados para assumir a presidência do diretório.

O atual presidente, Dário Saadi (PMDB), não entrou na discussão sobre a participação no governo e disse que isso deverá ser tratado pela bancada no Legislativo.

Interlocutores do partido consultados pelo Correio informaram que além da bancada da Câmara, outro grupo do PMDB, de filiados que ficaram sem cargos por causa da eleição, também negociam com o governo Jonas. Dentro desta outra articulação, um dos nomes cotados para assumir a Secretaria de Cidadania, Assistência e Inclusão Social seria o de Idelma Maria Amaral Arantes Ferraz, que chegou a substituir Alcides Mamizuka na Chefia de Gabinete durante a gestão do ex-prefeito Pedro Serafim (PDT). Ela é funcionária de carreira. Além de Cidadania, outra possibilidade para abraçar o PMDB na Administração seria a criação de uma nova secretaria na área de desenvolvimento.

A pasta de Cidadania passou a ter atenções do PMDB depois que o secretário indicado pelo PP, Carlos Roberto Cecílio, pediu exoneração. Desde então, a secretaria ficou a cargo da funcionária de carreira Kelley Ribas Machado. A eleição do diretório do PMDB deve ocorrer no próximo mês. Alguns integrantes da legenda de Campinas já estiveram em São Paulo para conversar com o presidente estadual do partido, o deputado Baleia Rossi.

Governo

O secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, considera a bancada do PMDB na Câmara como aliada. Mas afirmou que não existe negociação partidária para ampliar a participação dos peemedebistas no governo. “O prefeito deve manter a atual indicada na Assistência Social. Não temos essa disponibilidade desta vaga agora e nem temos essa discussão sobre alianças com o PMDB”, afirmou.

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