Dérbi

PM usará drone na segurança do clássico

A partida entre Guarani e Ponte Preta está marcada para as 19h do dia 5 de maio, no Estádio Brinco de Ouro, pela 4ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro

Alenita Ramirez
27/04/2018 às 07:32.
Atualizado em 28/04/2022 às 06:58
Policiamento no dia do último dérbi disputado em 26 de janeiro de 2013: brigões terão olhar atento da PM (Cedoc/RAC)

Policiamento no dia do último dérbi disputado em 26 de janeiro de 2013: brigões terão olhar atento da PM (Cedoc/RAC)

A Polícia Militar (PM) prepara um esquema de segurança especial até com uso de drones para ajudar na vigilância do dérbi. A partida entre Guarani e Ponte Preta está marcada para as 19h do dia 5 de maio, no Estádio Brinco de Ouro, pela 4ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A medida foi tomada pelo comando do 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (1º Baep) depois dos últimos incidentes envolvendo integrantes das torcidas das duas equipes. Anteontem, por exemplo, 19 torcedores, sendo 15 bugrinos, foram detidos após uma série de confusões em três situações diferentes. Além do equipamento tecnológico, segundo o comandante do Baep, o coronel da PM Marci Elber, diversas ações estão sendo estudadas e serão colocadas em prática para garantir a paz no dia do evento esportivo que mexe com toda a cidade. Parcial de ingressos O dérbi terá torcida única do Guarani, que é o mandante do jogo, por determinação do Ministério Público. De acordo com balanço divulgado pela diretoria bugrina, 6 mil ingressos já tinham sido vendidos até ontem. Conforme o coronel Marci, já foi montado um forte esquema de segurança que envolve policiamento interno, imediato (no entorno do estádio), mediato (circulo maior) e ponto sensíveis, como terminais de ônibus, corredores e locais costumeiros de passagem dos torcedores. “Esse jogo é atípico, ou seja, o primeiro que haverá uma torcida única, então a tendência é que o trabalho de policiamento seja facilitado”, disse Marci. Segundo o comandante, o foco do trabalho é na prevenção e no dia do dérbi o patrulhamento da PM vai começar por volta do meio-dia. Todo o espaço no entorno e imediação do estádio será ocupado pela Polícia Militar. Ao menos 300 policiais serão escalados para compor o efetivo no patrulhamento, que vai contar até com apoio, em determinados momentos, do helicóptero Águia da PM. “Também teremos o patrulhamento velado (disfarçado) e vamos usar drones para fazer o mapeamento da operação”, comentou. “Já usamos o drone em outras situações e essa será a primeira vez que vamos usar em um jogo. Teremos um posto de comando que fará o monitoramento de toda situação”, acrescentou. O comandante não deu mais detalhes de como será o uso dos drones. Paralelamente à operação da PM, a Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública também vai intensificar o policiamento no dia do jogo. GM Segundo o comandante da Guarda Municipal (GM), Márcio Frizzarin, o trabalho é conjunto com a polícia e no dia 30 viaturas vão fazer o patrulhamento preventivo. O trabalho também vai começar ao meio-dia. “Vamos usar todos os equipamentos disponíveis da Guarda, inclusive o canil. E desde quarta-feira (25) já intensificamos o policiamento no entorno dos estádios para evitar novas confusões e o trabalho segue até no dia do jogo”, falou Frizzarin. Confusões Sobre as confusões envolvendo torcedores dos dois times anteontem, o comandante do 1º Baep disse que na data anterior tinha se reunido com alguns dos envolvidos para definir providências que evitassem conflitos. “O evento em si está preservado, mas o arruaçeiro é uma variável e vai tentar burlar a paz social. Pode ser que eles se encontram antes, mas não tem como evitar isso”, disse o coronel Marci. O comandante do 1º Baep disse que ontem pediria para a Polícia Civil a relação dos torcedores que se envolveram nos conflitos. O documento seria enviado para um promotor público desportivo que fica no Ministério Público em São Paulo. “Vou solicitar para que sejam estudadas medidas pertinentes aos torcedores”, disse Marci. Promotoria A Promotoria Pública em Campinas, informou por meio de nota, que em uma das medidas tomadas anteriormente às brigas ficou definido que nenhuma das torcidas portem camisas, bandeiras e objetos de torcidas organizadas. “As torcidas pediram para que o promotor reconsiderasse. O promotor oficiou para a Polícia Militar de Campinas para obter orientação sobre o caso e ele aguarda posicionamento da PM”, frisou. A confusão envolvendo torcedores rivais aconteceu em três momentos na quarta-feira. A primeira diante ao Brinco de Ouro, quando ocorria a venda de ingressos — foi o primeiro dia — e duas vezes em frente ao 10º Distrito Policial (DP), onde os nove primeiros detidos prestavam depoimentos. Nesta segunda situação, os bugrinos chegaram a invadir a delegacia para tentar resgatar os colegas. Um dos torcedores jogou o carro contra um investigador. Dez deles foram detidos. O tumulto teria acontecido pouco tempo depois de um grupo de pontepretanos ter deixado o local. Este último grupo de bugrinos foi à delegacia após receber mensagens via WhatsApp dos torcedores que estavam detidos, alertando de que havia torcedores da Ponte Preta do lado de fora. Os celulares de alguns bugrinos detidos foram apreendidos e analisados ontem por policiais do 10º DP.

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