CAPACITAÇÃO

PM troca experiências com grupo espanhol

São 45 policiais envolvidos no curso, que depois disseminarão o que aprenderam em suas unidades. O treino é feito por cinco oficiais espanhóis do Grupo de Ação Rápida

Alenita de Jesus
13/07/2017 às 08:10.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:52

Policiais do 1º Batalhão de Ações Especiais (Baep) de Campinas, do Grupo de Ações Táticas Especiais (COE) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar estão passando por treinamento e intercâmbio com a Guarda Civil Espanhola. O curso, que teve início na semana passada, encerra nesta sexta-feira e acontece no 28º BIL (Batalhão de Infantaria Leve) do Exército e na Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), em Ribeirão Pires. Ao todo são 45 policiais envolvidos no curso, que depois disseminarão o que aprenderam em suas unidades. O treino é feito por cinco oficiais espanhóis do Grupo de Ação Rápida (GAR), grupo de elite que atua contra o terrorismo. De acordo com o tenente-coronel Marci Elber, comandante do Baep, os policiais brasileiros estão se especializando no combate ao crime organizado e com isso estão buscando experiências de outros países. “Os policiais espanhóis vieram trazer o conhecimento deles para que possamos nos aprimorar e se atualizar com técnicas novas usadas na Europa”, explicou. Só do Baep Campinas participam 10 policiais. Os demais integrantes estão distribuídos nos batalhões do Litoral, Vale do Paraíba e Grande São Paulo, além de São Paulo e São José do Rio Preto. “Este treinamento é a oportunidade de troca de conhecimento, de aprendizado. Cada agrupamento mandou representantes, que depois vão compilar as informações passadas pelos policiais espanhóis e trazer para nossa realidade o que é possível, já que na Espanha a legislação da polícia é diferente da nossa”, comentou Elber. No treinamento, os policiais aprendem diferentes técnicas de combate, como de tiro, conduta de patrulha, comboios, medidas de emboscada, combate em locais confinados entre outros. “É muito rica a quantidade de assuntos abordados. Em uma parte do curso os policiais receberam missões para identificar criminosos, chegar próximo do suspeito sem ser identificado, voltar para a base com as informações e depois retornar para fazer a prisão”, disse o tenente-coronel. Com o aprimoramento das técnicas, segundo Elber, o retorno fica para a comunidade. “Estamos aproveitando nossos conhecimentos e os aperfeiçoando. Tudo que vem para agregar, facilita no crescimento como um todo. A Polícia Militar de São Paulo tem um nível técnico reconhecido mundialmente, mas tudo vem a favor para que possamos aumentar este grau técnico”, destacou. O Baep campineiro conta com 360 policiais e atua em 38 cidades da região. Para o tenente-coronel do GAR, Valentin Villamayor, a troca de informações com a polícia brasileira é importante. “Somos uma polícia que atuava contra o ETA, com técnicas empregadas na luta contra o terrorismo e agora queremos ver o que pode ser adaptado na luta contra o crime organizado. Atuamos em países com economia arrasada e com esse conhecimento que a polícia de São Paulo tem, de atuação em locais de alto risco como favelas, é importante para nós treinarmos”, disse Villamayor. ETA O ETA (Euskadi Ta Askatasuna - “Pátria Basca e Liberdade”) era uma organização armada entre a Espanha, a França e o Movimento de Libertação Nacional Basco, um grupo social e político de organizações bascas que buscavam a independência da Espanha e da França e foi fundado em 31 de julho de 1959.

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