ponte preta

PM faz apelo a federação e clube

Preocupada com o aumento nos episódios de violência como os registrados na noite de anteontem no estádio Moisés Lucarelli, a PM divulgou um manifesto

Da Agência Anhanguera
11/03/2020 às 08:05.
Atualizado em 29/03/2022 às 17:46

Preocupada com o aumento nos episódios de violência como os registrados na noite de anteontem no estádio Moisés Lucarelli, a Policia Militar divulgou ontem manifesto, em que cobra providências da Federação Paulista de Futebol (FPF) e da direção da Ponte Preta. Além disso, recorreu ao Ministério Público e pediu ajuda da imprensa na luta contra a impunidade. Após a derrota para o Bragantino, na noite de anteontem, a Ponte Preta entrou na chamada zona do rebaixamento - está entre os dois times que estariam rebaixados caso o campeonato terminasse hoje - e torcedores reagiram de forma violenta ao resultado. Houve tentativa de invasão do vestiário dos jogadores, quebra-quebra e depredação de alambrados e outros equipamentos instalados no estádio. Na tentativa de dispersar a multidão, a PM usou gás lacrimogênio e balas de borracha. Os torcedores responderam com pedradas e atiraram garrafas e rojões contra as forças de segurança, numa ação que deixou saldo de sete policiais feridos. “Até quando viveremos está insanidade de ficar contendo marginais que vão para o estádio para vandalizar. Onde fica a responsabilidade do clube, da federação pelos ditos torcedores organizados? Sempre a polícia para conter o que eles alimentam e pela impunidade regente”, informa a nota emitida pelo Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar). “Nos ajudem senhores jornalistas a recriminar e banir essas condutas que nada tem relação com o futebol. Os Srs são formadores de opinião, vamos cobrar as responsabilidades, para um dia voltarmos a assistir futebol”, continua a nota. A PM informou ainda que os policiais alvos de pedradas e rojões tiveram ferimentos leves e não chegaram a ser hospitalizados. Informa também que não houve presos na dispersão que ocorreu a distância. O Baep diz por fim, que um relatório está sendo feito sobre o episódio e a documentação será enviada para Federação e para o Ministério Público. Entre os questionamentos feitos pela PM está a presença de uma sede de uma torcida organizada próxima ao estádio - o que facilitaria o transporte de materiais que poderiam ser usados como armas num eventual conflito. No relatório ao MP, a Polícia Militar diz que fará o detalhamento do ocorrido e pede medidas disciplinares contra a torcida e a sede. Outro lado A diretoria da Ponte Preta se pronunciou por meio de nota. Disse que “condena veementemente qualquer tipo de violência e lamenta o ocorrido fora do estádio após o jogo de segunda-feira”, diz a nota. “A Diretoria Executiva espera que os fatos sejam apurados pelas autoridades competentes - e irá colaborar com elas neste sentido - e que as devidas responsabilidades sejam apuradas e eventuais punições aplicadas”, finalizou. A Federação Paulista de Futebol (FPF) enviou nota dizendo "que está observando as imagens junto ao policiamento para tomar as medidas cabíveis". Um dos grupos organizados da Ponte Preta, a Torcida Jovem, se pronunciou por meio de uma postagem em rede social. “E quem paga a conta? É a torcida apanhando desproporcionalmente da PM em frente ao estádio novamente?”, questiona a nota. “E o saldo de torcedores machucados, de pai apanhando com filho no colo, motos jogadas ao chão, vidros de carros quebrados pelos mesmos que estão destinados a manter a ordem, quem vai apurar? Vai para a conta de quem?”, pergunta. “Cadê vocês jogadores pífios, cadê vocês diretores, cadê vocês comissão técnica? Pedir apoio da torcida e serem atendidos é ótimo não é? E agora?”, informa o comunicado.

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