novo coronavírus

PM detém 4 por negociar testes

Quatro homens, dentre eles um servidor comissionado da Secretaria Municipal de Esportes de Campinas, foram detidos no final da tarde desta terça

Alenita Ramirez
15/04/2020 às 11:54.
Atualizado em 29/03/2022 às 17:02

Quatro homens, dentre eles um servidor comissionado da Secretaria Municipal de Esportes de Campinas, foram detidos no final da tarde desta terça-feira (14), suspeitos de negociar a venda de 25 mil testes rápidos para a Covid-19. O grupo estava dentro de um veículo Mercedes Benz c180, no pátio de uma padaria no Jardim Flamboyant. Eles foram levados para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde prestaram depoimentos e liberados. Foi aberto inquérito para apuração do caso. Os celulares dos suspeitos e o veículo foram apreendidos. Segundo a Polícia Militar (PM), dois dos homens possuem passagem criminal por receptação e roubo de cargas e se identificaram como supostos vendedores da carga avaliada em R$ 3 milhões. O comissionado da Prefeitura seria um intermediador da compra. A negociação consta em mensagens por WhatsApp nos celulares dos suspeitos. A PM chegou aos suspeitos após denúncias de que havia quatro homens em um veículo negociando venda de drogas e armas. Os policiais seguiram até o local e encontraram o carro conforme das informações fornecidas via 190. "A princípio eles negaram tudo, mas entraram em contradição. Por fim acabaram confessando a negociação e mostraram a troca de conversas" , contou o sargento Alexsander Tércio de Amorim. O grupo foi levado para a DIG, onde prestaram depoimentos. Segundo o delegado assistente, Roney de Carvalho Barbosa Lima, o caso foi registrado como apreensão de objetos e será apurado, já que nada foi provado. "Está tudo muito nebuloso. Não foi provado que esses testes existam mesmo. Pode ser que se trata de um estelionato. Não há informações concretas, mas vamos apurar a partir da apreensão dos objetos" , disse Lima. Pelo que a polícia apurou, cada kit seria vendido a R$ 130. Em imagens trocadas pelos suspeitos, a marca dos testes e as características seriam as mesmas dos lotes roubados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, há quase uma semana, que ainda não foi localizada. O motivo pelo qual o comissionado compraria os testes a polícia ainda não sabe. Segundo a polícia, os suspeitos relataram que receberiam 2% de comissão pela venda do lote. Os suspeitos alegaram que a carga estava em um barracão em Guarulhos, mas não foi informado o endereço do local. Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que vai aguardar a apuração dos fatos para se manifestar e tomar as medidas cabíveis.

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