Ele foi detido durante uma megaoperação nacional deflagrada pelo Ministério da Segurança Pública em combate à pedofilia e exploração infantil
Ele foi detido durante uma megaoperação nacional deflagrada pelo Ministério da Segurança Pública em combate à pedofilia e exploração infantilr Na imagem: Operação Polícia Civil contra pedofilia na região de Campinas. FOTO; EX POLICIAL MILITAR DETIDO ACUSADO DE PEDOFILIA.r Foto: Dominique Torquato aan (Dominique Torquato/AAN)
Um sargento aposentado da Polícia Militar (PM) de cerca de 50 anos foi preso em flagrante na manhã de hoje com cerca de mil fotos contendo pornografia infantil e 350 CDs com arquivos pornográficos. Ele foi detido durante uma megaoperação nacional deflagrada pelo Ministério da Segurança Pública em combate à pedofilia e exploração infantil. Em São Paulo, a operação, denominada "Luz da Infância 2" , foi coordenada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. Em Campinas, a operação foi realizada pelo Setor de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP), 5º Distrito Policial (DP), no Jardim Amazonas, 12º DP, em Sousas e Delegacia de Paulínia, todas ligadas à 1ª Delegacia Seccional. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. Em um dos endereços em Campinas, no Jardim das Oliveiras, o alvo não foi localizado, mas foram apreendidos um notebook, três celulares um pen drive, um tablet e um roteador. "O alvo da investigação morou por uns três meses na casa, de onde fez os acessos, mas já não mais reside por lá" , explicou o delegado do 5º DP, Sandro Jonasson. No caso de Sousas, o ex-policial estava em sua casa. Além desses materiais também foi apreendido um revólver calibre 38, legalizado, já que o suspeito trabalha como segurança. Apesar de não estar mais na ativa, ele foi levado para o SHPP por uma equipe da PM. Ao ser preso ele afirmou que não sabia que era crime manter esse tipo de material. "Através de mandado de busca entramos na casa do alvo. Lá ele foi surpreendido com o computador cheio de material pornográfico de crianças e adolescentes. É crime manter armazenamento de qualquer arquivo do tipo e pode dar a pena de 1 a 4 anos de reclusão, foi constatada a materialidade, ele será conduzido para o distrito policial", afirmou o delegado titular do SHPP, Rui Pegolo. Além dele, um outro homem de cerca de 50 anos, morador de Paulínia, foi levado para a sede do SHPP, onde prestou depoimento e foi liberado, já que nenhum material comprometedor foi apreendido. No entanto, o computador foi levado para a sede da polícia. Segundo o delegado seccional, José Rolim Neto, o material apreendido, como computadores e arquivos, será periciado para saber se houve prática do crime ou não. A OPERAÇÃO A operação foi realizada em parceria entre o Ministério Extraordinário da Segurança Pública e a Polícias Civil do Distrito Federal e de 24 Estados. Ao todo, a operação cumpriu 579 mandados de busca e apreensão. De acordo com a pasta, 100 pessoas haviam sido presas durante a manhã de hoje. O ministério informou que, durante as buscas, policiais identificaram imagens que configuram os crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes e, nestes casos, os responsáveis são presos em flagrante. Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com base em indícios coletados em ambientes virtuais. As informações foram coletadas durante quatro meses e repassadas à Polícia Civil, em especial delegacias de proteção à criança e ao adolescente, e repressão a crimes informáticos, que instauraram inquéritos e solicitaram aos juízes locais a expedição dos mandados. Ao todo, a operação envolveu 2,6 mil policiais de todo o país. A operação "Luz da Infância 2I" teve sua primeira fase deflagrada em outubro de 2017.