falta de pessoal

Plantão da 1ª DDM fica para 2020

Prometido pelo Governo Paulista para março, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas ainda não iniciou o atendimento 24 horas

Maria Teresa Costa
22/05/2019 às 10:50.
Atualizado em 03/04/2022 às 09:36

Prometido pelo Governo Paulista para março, a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas ainda não iniciou o atendimento 24 horas. O governador João Doria (PSDB) informou ontem que o início do plantão noturno da delegacia de Campinas e a implantação de novas DDMs no Estado dependerão de concurso que o governo fará para preencher cerca de 8 mil vagas na Polícia Civil, nos níveis médio e superior, para os mais diversos cargos. A previsão do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) é que a 1ª DDM de Campinas tenha plantão noturno somente no final de 2020. “Já contratamos os remanescentes de concursos, fizemos remanejamentos, mas para avançarmos precisamos de concurso. Estamos fazendo o impossível, mas ainda não dá para fazer milagres”, disse Doria. Entre os profissionais remanescentes que irão reforçar a segurança pública em São Paulo, estão 449 policiais técnico-científicos, sendo 51 médicos legistas, 240 peritos criminais, 128 fotógrafos e 30 desenhistas técnico-periciais. Na Polícia Militar serão incorporados 590 novos soldados de 2ª classe. Eles farão o curso de formação e começarão a atuar em maio de 2020. Campinas tem duas DDMs. A 1ª fica no Jardim Proença e funciona de segunda a sexta, das 9 às 18h. A 2ª DDM está localizada no Jardim Londres, e trabalha 24 horas desde o final de fevereiro, acumulando os casos que ocorrem no período noturno e nos finais de semana na área da 1ª delegacia. O atendimento 24h foi uma reivindicação do Ministério Público e de representantes dos direitos da mulher. “Estamos trabalhando para ampliar o número de delegacias 24 horas e o objetivo é ter 40 unidades com atendimento ininterrupto até o final da gestão”, informou o governador. Atualmente, o Estado tem 133 Delegacias de Defesa da Mulher, sendo dez com atendimento 24 horas. “Lançamos o aplicativo SOS Mulher, desenvolvido pela Polícia Militar, que prioriza o atendimento de mulheres com medidas protetivas”, disse”. O vice-governador reconhece que há um déficit de pessoal na área da Segurança e afirmou que está em curso um novo concurso que preencha as vagas parta as policias Civil, Militar e Científica. Para a Polícia Civil, há quase duas décadas não se realiza concurso para os cargos de escrivão, investigador e delegado. Na Baixada Santista, estima-se que há um déficit de, ao menos, 500 servidores nessa área. “Faremos concursos públicos para 13 mil policiais militares e 8 mil policiais civis, mas será uma ampliação gradual”, afirmou Doria. Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindpesp), a Polícia Civil de São Paulo acumula 13.862 cargos vagos. Somente em abril, foram registradas 88 baixas, sejam por aposentadorias, mortes, exonerações ou nomeações sem efeito. A carreira com a maior carência é a de investigador. De acordo com a categoria, faltam 3.272 servidores para atingir os 11.957 cargos existentes. Em seguida, aparece a função de escrivão, com 3.158 vagas em aberto.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por