ESTRATÉGIAS

Plano muda assistência aos moradores de rua

Secretarias farão trabalho integrado e entidades assumirão abrigos

Rogério Verzignasse
rogerio@rac.com.br
18/10/2013 às 08:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 04:47

Entrada do Samim: atendimento será descentralizado em vários abrigos ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

Um projeto que envolve diversas secretarias promete mudar radicalmente a assistência prestada a moradores de rua de Campinas. O Plano de Ações Articuladas passa pela identificação e pelo tratamento do cidadão que tenha se afastado da família para viver na sarjeta. A execução da proposta será feita até o final de 2014. No decorrer do ano, a Prefeitura vai investir na ampliação e modernização de equipamentos públicos e em parcerias com entidades assistenciais, que irão administrar os abrigos. “A proposta não é limpar ou embelezar o Centro. A missão do poder público é cuidar de pessoas que estão doentes”, disse a secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Jane Valente.Os técnicos do departamento já mapearam, por meio das abordagens individuais, as razões que fazem crescer a população de rua. Há drogados, desempregados, vítimas de violência doméstica, egressos do sistema prisional, migrantes. “A partir da escuta individual, a gente pode encaminhar o cidadão a um serviço especializado.”A primeira etapa será a reformulação dos serviços de albergue. Hoje, o Serviço de Atendimento ao Migrante, Itinerante e Mendicante (Samim) tem capacidade para acolher 130 pessoas, diariamente. A ideia é prestar atendimento em unidades menores, com assistência personalizada, em abrigos espalhados pela cidade toda. O projeto já deu seus primeiros passos com convênios que permitem o acolhimento em entidades como Cáritas, Seareiros, Padre Haroldo, Esperança e Vida. E a Prefeitura, explica Jane, é quem subsidia a assistência prestada nos abrigos parceiros. São R$ 40 milhões anuais para bancar os programas e o plano é ampliar as parcerias.O projeto também passa pelo envolvimento de outras prefeituras da região. De acordo com Jane, a moderna política assistencial abole o “recambio”, prática em que as prefeituras se livram de “mendigos”, distribuindo passagens de ônibus para cidades vizinhas. “Mesmo quando o cidadão voltar a morar com sua família de origem, longe daqui, o plano prevê que Campinas oriente e acompanhe sua recuperação.”A Secretaria de Saúde investirá em novos equipamentos e atendimento especial e Trabalho e Renda vai enviar atendidos para formação profissional. Os guardas municipais serão treinados para abordar, aconselhar e encaminhar andarilhos.

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