Intenção é estimular a verticalização do bairro histórico, mas com a preservação do patrimônio arquitetônico
"Aumentamos nossa produtividade nos dois primeiros meses deste ano, estamos 40% mais eficientes do que no ano passado", destaca Marcelo Coluccini (Alessandro Torres)
Ao assumir a recém formada Secretaria de Planejamento de Campinas em 2023, Marcelo Coluccini tinha a missão de viabilizar projetos para a expansão e modernização da cidade. Hoje, ele destaca o trabalho de requalificação do Centro, a consolidação dos projetos que envolvem o Trem Intercidades (TIC), aguarda a aprovação do Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) e anseia pela consolidação do Polo de Inovação e Desenvolvimento Aeroportuário (PIDA), que segundo ele, além de aumentar a relevância do aeroporto de Viracopos, também pretende tornar o aeroporto dos Amarais um importante centro de voos executivos e logísticos. Projetos que pretendem dinamizar a cidade e consolidar a Secretaria de Planejamento como uma ferramenta importante para o desenvolvimento de Campinas.
Após um ano e oito meses à frente da Secretaria de Planejamento, Coluccini explicou que, à época, quando concedeu uma entrevista ao Correio Popular, neste mesmo caderno de domingo, ainda estava entendendo como seria o funcionamento de sua pasta. "Desde então trabalhamos muito em melhorias como o processo de digitalização dos processos". O secretário considerou que, com as modernizações implementadas, a tendência é começar a colher os frutos em 2025. "Aumentamos nossa produtividade nos dois primeiros meses deste ano, estamos 40% mais eficientes do que no ano passado".
A convite do presidente-executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni, o secretário contou detalhes sobre os projetos citados, além de explicar como vê o futuro de áreas importantes da cidade, como a verticalização dos bairros Nova Campinas e Vila Industrial e da instalação de importantes empresas de tecnologia na cidade.
Após o início de sua gestão à frente da Secretaria de Planejamento, o senhor poderia dar um exemplo de algum processo que tenha mudado radicalmente?
Já tivemos um processo, para a aprovação de um projeto, que demoraria de três a quatro anos e foi aprovado em oito meses. A nossa meta, agora, é conseguir diminuir esse tempo para seis meses, incluindo já o certificado do Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais, é um colegiado, ligado ao Governo do Estado, que analisa projetos de construção de condomínios e parcelamento do solo no estado de São Paulo), passando pelo Estado, com o cadastramento digital.
Essa é a principal diferença, o cadastramento digital?
Quando o processo era físico, o projeto tinha que passar por várias secretarias, como Emdec, Urbanismo, Cultura, Meio Ambiente, Planejamento, e o processo ficava parado em uma secretaria por trinta dias, depois ia para outra, mais trinta dias, então, só nessa tramitação poderia demorar mais de seis meses. Com o processo digital, eu já consigo mandar para todas as secretarias envolvidas ao mesmo tempo, e em um único mês já tenho o processo analisado por todas.
Suprindo todas as exigências com o comitê de crédito?
Exatamente. Aí nós já tivemos um ganho muito grande. Outro fator de ganho é, que antigamente, primeiro o projeto era aprovado 100% no município e só depois ia para o Estado e, se o Estado pedia alguma correção, o projeto tinha que ser reaberto aqui e fazer todo o processo de aprovação novamente. Agora não, o que acontece é que conseguimos fazer uma análise do projeto em conjunto com o Estado, simultaneamente, e conseguimos fechar o projeto juntos. Com essa mudança ganhamos pelo menos mais uns três, quatro meses de processo.
Tal celeridade traz algum prejuízo ao rigor das análises?
Pelo contrário! Com tudo digitalizado, automatizado e registrado, todas as partes conseguem enxergar o projeto, pois todos os processos são mapeados e fica tudo registrado. Não existe mais o tirar uma folha do processo, fica tudo ali agora.
Como que a Secretaria de Planejamento entende hoje as periferias, as franjas de Campinas para além dos projetos nas regiões mais centrais?
Hoje nas áreas consolidadas, como Centro e Vila Industrial, precisamos atrair novos investidores, empreendedores, que vão apostar em melhorias em uma área já urbanizada. Já temos vários programas que estão em vigor como o Retrofit e lei de incentivo fiscal para o Centro e agora nós vamos começar um programa para a Vila Industrial. Já as franjas da cidade, são áreas de expansão urbana, que são regiões diferenciadas, pois toda a infraestrutura que eu tenho no Centro, não vou ter nessas áreas. Então, se alguém tem o interesse de implantar algum projeto nessas áreas, eu preciso que ele me garanta a infraestrutura, como água, transporte, esgoto, estrutura viária. É caso a caso, pois tem que ter estudo de impacto, de custo, se realmente vale a pena levar o empreendimento. As áreas que ficam mais próximas à malha urbana, têm um custo de infraestrutura menor e se desenvolvem primeiro, mas nada impede que uma área mais afastada se desenvolva, mas tem que carregar toda essa infraestrutura.
O senhor citou a Vila industrial, qual é a ideia para essa área?
A ideia é incentivarmos a verticalização primeiro, que pode ser uma saída. Porém, nesta região temos o problema dos tombamentos, por isso, para essas construções que são tombadas, a ideia é darmos um incentivo para o dono do imóvel, para que ele recupere e ganhe em potencial construtivo, para poder vender e se beneficiar. É um trabalho que ainda vamos começar e vamos ver qual será a vocação do bairro.
Existe a possibilidade da Vila Industrial ser um ponto turístico e cultural?
Creio que esse grupo de estudo que vamos fazer, para ver qual é a vocação da área, caminha para essa ideia mesmo, mas tal grupo ainda não foi criado, então não podemos precisar essa informação.
Quais são os principais projetos para Campinas?
No nosso plano diretor temos três grandes áreas de desenvolvimento na cidade. O aeroporto, o Centro e o PIDS. Esse último já é uma realidade, o projeto de lei já foi aprovado pela Câmara, retornou para nós, que o estamos devolvendo para a votação final, que deve ocorrer no próximo mês e, então, já poderá ser implantado. Já para o Centro da cidade, nós teremos uma grande transformação, com a requalificação através do Profit e, acredito que o novo Palácio da Cidade vai impulsionar muito essa requalificação. E também por conta do TIC, o trem intercidades, que já é uma realidade. Já tivemos uma reunião com o consórcio que venceu a licitação. Eles já estão aqui e estamos conversando sobre o traçado dos trilhos, de onde teremos estações. Na semana passada também, a PUC-Campinas entregou um projeto de revitalização de uma parte do Pátio Ferroviário. Um aspecto interessante desse projeto, é que ele mostra uma ligação da Vila Industrial para o Centro através de uma alameda.
O que se espera que seja instalado no novo Pátio Ferroviário?
A vocação é de que ele seja um hub de inovação, com startups, empresas de tecnologia, terá também um estacionamento com 400 vagas, com setor para lojas, gastronomia, onde na rotunda serão instalados vários restaurantes. O local será utilizado praticamente o dia todo.
Existe a possibilidade do Retrofit ser levado para outra área, além da região central?
Sim. É uma das ideias, trazê-lo para a Vila Industrial. O Retrofit também vai sofrer uma mudança agora. Pois atualmente ele só vale para um prédio todo, o imóvel todo. Mas pode ser que consigamos fazer com ele seja para unidades isoladas também. Então se alguém mora em um prédio que se enquadra no Retrofit, mas o edifício não tem interesse, a pessoa poderá fazer um investimento na sua unidade se ela atender a alguns requisitos, tendo o desconto de IPTU por um ano para realizar essa melhoria. Vale tanto para unidades comerciais quanto residenciais. Nosso estudo agora é para conseguir flexibilizar o Retrofit e atrair novos adeptos.
Existe a possibilidade de um aporte do BNDES?
São 27 áreas, públicas da União, do município e do Estado e áreas privadas que estão dentro desse polígono do Centro. A ideia do BNDES é fazer uma modelagem do que pode ser executado, como habitação de interesse social, áreas comerciais, vai fazer esse desenho, deixando a modelagem pronta, com o financiamento pré aprovado, para o interessado ter todo o projeto montado.
Recentemente o IBGE afirmou que Campinas é uma capital regional, por ter influências nas gestões empresariais e públicas. São atributos, de infraestrutura e tecnologia, que ajudam no impulsionamento desses projetos?
É isso mesmo. Recebemos muitos empresários que têm interesse na cidade. Eles afirmam que, apesar do IPTU ser mais caro, terreno mais caro, querem trazer a empresa por causa da infraestrutura. Porque, qual cidade no interior de São Paulo tem duas universidades de ponta como a Unicamp e a PUC-Campinas, o Sirius ou os hospitais que temos aqui? Toda essa estrutura é um atrativo para o executivo que quer vir para cá. Aqui, ele consegue trazer toda a família, para morar, estudar, trabalhar e ter acesso à saúde.
Quando o PIDS for aprovado, realmente existe a possibilidade de Campinas receber muitos DataCenter?
Sem dúvidas. Um DataCenter necessita de um terreno grande, de acesso à energia e conectividade. Portanto, ele tem que ter acesso a fibra óptica, a uma subestação de eletricidade. A região do PIDS tem todos esses fatores. Com isso, hoje, já temos seis empresas de Data Center interessadas em se instalar na região do PIDS. Creio que essa será mesmo a vocação dessa região.
Como está o processo para a aprovação definitiva do PIDS?
Ele foi aprovado na primeira votação na Câmara, na segunda votação tiveram algumas emendas dos vereadores, por isso, o projeto foi devolvido para o Executivo, para a nossa equipe técnica analisar e incorporar e adequar essas emendas e, agora, segue para aprovação. Com a aprovação o zoneamento da área é mudado e os projetos, para a instalação dessas empresas por exemplo, já começam a ser protocolados.
Com relação às audiências públicas e às emendas propostas pelos vereadores, o PIDS ficou bem equalizador ao final das discussões?
Considero que o projeto ficou bem explicado. Não tivemos um consenso unânime, mas recebemos as propostas dos vereadores da oposição também e incorporamos as emendas e as iniciativas que vieram deles. Por exemplo, incorporamos uma área de interesse social, para habitação social, que não havia antes no projeto, foram estabelecidos também alguns critérios para a governança do PIDS e nós acatamos, então ficou um projeto claro.
Essa questão da moradia social, que foi incorporada ao PIDS, ela também está prevista para ser incorporada no projeto do Pátio Ferroviário, correto?
Isso está previsto sim. É uma área de 36 mil metros quadrados, que atualmente pertence à União e ela quer que essa área seja destinada à habitação de interesse social.
E com relação ao aeroporto, como será o projeto do PIDA (Polo de Inovação e Desenvolvimento Aeroviário)?
É a nossa próxima área de desenvolvimento, importantíssima para a cidade. Do ponto de vista do Governo de Estado, será construído um VLT (Veículo Leve sob Trilhos), que sairá do Terminal Central, que também terá conexão com o TIC, e seguirá para Viracopos. Provavelmente a linha passará por Sumaré, pois assim usamos uma linha já existente, o que diminui custo e conecta mais bairros e cidades à linha. Depois, é a própria concessão do aeroporto que está travada. O Tribunal de Contas da União deu um prazo de que a relicitação tem que ocorrer até o dia dois de junho. A área do do aeroporto vai diminuir de 22 milhões de m² para 17 milhões de m². A ideia é projetarmos em volta desse parque aeroportuário uma aero-cidade, com hotéis, centros de convenção, cinema, moradia. Por isso precisamos desenvolver um plano para que consigamos incentivar essas atividades ao redor do aeroporto.
O governador Tarcísio comentou que, com o TIC, pode haver uma mudança no eixo de desenvolvimento do Estado, transformando Campinas, novamente, em um eixo ferroviário, como o senhor analisa essa afirmação?
Primeiro é uma questão de confiança da pessoa que sai de São Paulo e, sem precisar pegar o trânsito, ela tem a segurança de que em uma hora ela estará dentro da empresa em Campinas. O TIC tem essa vocação para alterar o eixo de desenvolvimento, afetando São Paulo, Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Valinhos. A ideia do Tarcísio é essa mesma, de sair vários ramais de Campinas, por exemplo, do VLT que vai para o aeroporto, essa linha seguirá para Sumaré, Americana, Santa Bárbara, Piracicaba, se expandindo até Ribeirão Preto.
Com relação ao Aeroporto dos Amarais, também existe um projeto para ele?
Começamos o projeto do PIDA com o aeroporto de Viracopos, mas, no meio do processo, surgiu a necessidade de que o Amarais também fosse contemplado. Portanto, também vamos mexer no plano diretor desse aeroporto, que tem um potencial enorme. Quando sair a nova lei do PIDA o zoneamento do Amarais também será mudado. Para que ele possa operar voos maiores, com aviões maiores. Ele tem uma vocação muito grande para a logística, para receber escritórios. Hoje, como o aeroporto de Congonhas parou de receber voos executivos, essa demanda será absorvida pelos aeroportos Catarina, Jundiaí e Campinas.
Ainda há espaço para a expansão do Amarais, é uma área enorme, correto?
Sim, é enorme, a área chega quase na avenida Brasil. Mas hoje, com o zoneamento atual, não é permitido a construção de escritórios, lojas, instalação de empresas de logística. Temos então que entender essa vocação do local, para que possamos permitir esse tipo de uso.
Existe uma avaliação do setor de medicamentos de que Campinas, em poucos anos, também se transforme em um hub nessa área, essa avaliação está correta?
Sim, nós já tivemos a consulta de duas empresas loteadoras, voltadas para empreendimentos de laboratórios de medicamentos. Uma teria a capacidade de trazer 20 laboratórios e a outra mais 50, criando uma cadeia de empresas desse segmento, com produção e testes laboratoriais, com compartilhamento de hospital para os testes. Então, sim, já fomos consultados por esse setor.
Secretário, para além desses projetos que o senhor citou, como planejar Campinas para o futuro, evitando um crescimento desordenado, é um assunto discutido dentro da administração?
É um grande desafio, porque hoje temos muitas centralidades dentro do município, como a do Iguatemi com cem prédios, a centralidade do Galleria, com vários prédios e residenciais, a do Dom Pedro, também com essa configuração. Como conseguir conectar essas centralidades? Temos a ajuda atualmente do Insper de São Paulo, nos auxiliando nessa questão. O que nós buscamos é que a pessoa tenha o mínimo de deslocamento possível. A centralidade é o local onde a pessoa mora, trabalha, acessa vários tipos de serviços se deslocando o mínimo possível. Mas, nunca é 100% garantido, porque ela pode querer ir a um clube, a uma faculdade, que o filho estude em uma outra escola, para isso ela vai se deslocar de uma centralidade para outra. Para garantir isso, eu preciso de um serviço de transporte público, garantindo que ela não precise usar o carro individual. E o deslocamento é um problema muito sério em Campinas. Eu tenho que trazer áreas de interesse social, para que pessoas que moram no Campo Grande e trabalham na região do Iguatemi, possam vir morar mais perto, por exemplo.
Em sua primeira entrevista, comentamos sobre a possibilidade da criação de um escritório de planejamento, com um certo grau de autonomia, essa questão já está superada ou ainda cabe esse tipo de estratégia para a área de planejamento?
Creio que cabe sim, ainda temos essa questão em nosso radar. Porém, é um modelo complexo, a Prefeitura faria parte desse escritório, mas ele teria bastante autonomia, com relação ao poder público. Os dirigentes dele não coincidem com o mandato do dirigente público. Tendo como modelo os exemplos de Curitiba e Londrina. A ideia desse escritório é de pensar a cidade a longo prazo e dar continuidade ao que é feito pela Prefeitura. Ele ainda demanda um estudo maior, pois ele não seria algo simples de se implantar, mas eu acredito que até o final deste segundo mandato do governo, consigamos avançar alguma coisa para a sua implantação.
E como funciona a questão do planejamento entre as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC)?
Nós temos um plano diretor da região, coordenado pelo Conselho de Desenvolvimento, presidido atualmente pelo Dário Saadi. Essa questão precisa de planejamento também, porque temos áreas hoje que não sabemos onde é Campinas, Hortolândia, Cosmópolis. As cidades precisam ter um entendimento de que, se no final de uma cidade tem uma zona de preservação ambiental, na outra tem que ter também, não pode em um local ter uma zona de preservação e uma área industrial, por exemplo. Se é uma zona habitacional de baixo impacto, do outro lado tem que ser também. O plano diretor da região tem essa intenção, criar uma região integrada.
Essa questão se estende ao sistema rodoviário, como os gargalos existentes na rodovia Santos Dumont e Campinas-Mogi, como o senhor enxerga esse tópico?
Tem um compromisso com o nosso plano de 100 dias que envolve a rodovia Santos Dumont. A concessionária apresentou um projeto para a construção das marginais. A Secretaria de Planejamento colocou como meta aprovar esse projeto até o dia 10 de abril, para que a Artesp inicie o processo de autorização para que eles comecem as obras. São cerca de R$400 milhões de investimentos por parte da concessionária, que deve iniciar as obras ainda neste ano. O problema da Campinas-Mogi é um pouco mais sério, porque o contrato de concessão da Renovias vai terminar, e ainda será feito o processo de licitação para a troca da concessionária. Mas, nós colocamos várias obras que julgamos necessárias, como marginais e acessos para a região do PIDS, que a futura empresa vai executar.
Essa é uma região que passará por muitas modificações viárias, por conta do PIDS e de outros empreendimentos?
Sim, e já temos tudo planejado. Por exemplo, além dos acessos e marginais da Campinas-Mogi, tem a duplicação da avenida que vai para o CPQD, que já foi assumido esse compromisso pelo Santander, quando se instalou no local, inclusive a verba já está aprovada e liberada. Tem o projeto para, na rotatória da Unicamp, que vem do Shopping Dom Pedro, estender a avenida até o CPQD, ligando diretamente a Guilherme Campos, sem precisar passar pela Unicamp ou Barão Geraldo. Também temos o planejamento de ligar, por avenidas, a região do Dom Pedro até o Galleria, sem precisar utilizar as rodovias, pois elas tem que ser vias expressas e não avenidas. Esse projeto passa pelo Alphaville até a centralidade do Galleria.
Outra questão muito importante é a da preservação ambiental. Como o senhor analisa esse possível conflito entre a expansão urbana e a preservação, nas zonas rurais?
Na minha opinião temos que tomar cuidado com um conceito de que todos falam mas que está muito errado, que é dizer que zona rural é igual a preservação ambiental. Isso não é verdade. Área rural, por muitas vezes você tem gado pisoteando, plantio de cana, de eucalipto, queimadas, descarte irregular de entulho, sem áreas definidas de mata ou preservação das nascentes. Não é porque é rural que existe preservação. Hoje o que temos de área rural em Campinas é APA (Área de Preservação Ambiental). E não podemos fazer nada com essa área? Não podemos colocar indústria ou loteamentos, mas conseguimos instalar um hotel, restaurante e ainda assim preservar a área. Hoje 33% da cidade é APA, o restante é urbano.
Para finalizar, àquela nossa tradicional pergunta que eu o senhor já respondeu quando veio da primeira vez. O que faz para relaxar, continua jogando beach tennis?
Continuo com meu beach tennis sim, mais para o final de semana, durante a semana mesmo é academia. São minhas duas atividades atuais para desestressar.
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