Placa de identificação tem informação errada

Placa de identificação de rua instalada com autorização da Serviços Técnicos Gerais (Setec) no Largo do Pará, e que traz informações sobre a história do Duque de Caxias — personagem que deu nome à rua —, contém grave erro de informação. Afirma que o Duque nasceu em 1827 e lutou contra os portugueses em 1823, ou seja, quatro anos antes da data em que teria nascido. Na verdade, ele nasceu em 1803. A placa está instalada na esquina da Rua Duque de Caxias com a Avenida Francisco Glicério, no Centro, e, segundo a Setec, a empresa responsável é a Shempo Sistemas de Comunicação, que tem o direito de exploração da publicidade nesses locais. "É verdade. Houve um equívoco. A data de nascimento é 25/08/1803. A empresa responsável já foi notificada e fará a troca da placa", admite. Ainda de acordo com a autarquia, 17 placas foram instaladas ao longo da Avenida Francisco Glicério, entre os meses de fevereiro e março deste ano. "Não há previsão para instalação de outras placas. O projeto foi feito apenas para a Avenida Francisco Glicério, no trecho entre as avenidas Orosimbo Maia e Aquidaban", destaca. O Correio entrou em contato com a empresa responsável, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição. Biografia Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-Reino de Portugal. Hoje, é o local do Parque Histórico Duque de Caxias, na cidade de Duque de Caxias, no Rio. Era filho do Marechal de Campo Francisco de Lima e Silva e de D. Mariana Cândida de Oliveira Belo. Seu pai era funcionário da Imperatriz Leopoldina. Foi ele que em 2 de dezembro de 1825, apresentou o recém-nascido que, mais tarde, viria a ser o Imperador D. Pedro II, à Corte, no Paço de São Cristóvão. Em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real portuguesa se transferiu para o Brasil, Luiz Alves é titulado Cadete de 1ª Classe, aos 5 anos de idade. De acordo com sua biografia disponível no site do Exército, pouco se sabe sobre sua infância. Ele estudou no Convento São Joaquim, onde hoje se localiza o Colégio D. Pedro II, e próximo do Quartel do Campo de Santana, que ele viu ser construído e que hoje é o Palácio Duque de Caxias, onde está instalado o Comando Militar do Leste. Em 1818, aos quinze anos de idade, se matriculou na Academia Real Militar, de onde saiu promovido a Tenente, em 1821. Lutou em 1823 contra Portugal na Independência do Brasil e depois passou três anos na Cisplatina enquanto o governo tentava resistir contra a separação da província. Caxias permaneceu leal ao imperador Pedro I durante protestos em 1831. Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro II, a quem Caxias serviu como mestre de armas, ensinando esgrima e hipismo. A regência que governou o Brasil enquanto Pedro II era menor, enfrentou várias revoltas. Caxias comandou as forças lealistas de 1839 a 1845 na supressão de revoltas como a Balaiada, as Revoltas Liberais e a Revolução Farroupilha. Sob seu comando o Exército do Brasil derrotou a Confederação Argentina em 1851 na Guerra do Prata. Uma década depois, já como Marechal, ele novamente liderou as forças brasileiras para a vitória, desta vez na Guerra do Paraguai. Caxias se tornou um membro do Partido Regressista na década de 1840, que depois se tornou o Partido Conservador. Foi eleito senador em 1846 e dez anos depois virou o Presidente do Conselho de Ministros. Depois de anos com a saúde piorando progressivamente, Caxias faleceu em maio de 1880.