CAMPINAS

Piscina deixada em calçada bloqueia passagem de pedestres

Em vez de estar instalada em um quintal, uma piscina de 10 metros de comprimento ocupa há pelo menos quatro meses a calçada da Rua Itacuruça, no bairro Chácara Santa Letícia

Gustavo Abdel
gustavo.abdel@rac.com.br
24/02/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:54
Piscina deixada na calçada fechada a passagem de pedestres e também atrapalha o trânsito ( Dominique Torquato/ AAN)

Piscina deixada na calçada fechada a passagem de pedestres e também atrapalha o trânsito ( Dominique Torquato/ AAN)

Em vez de estar instalada em um quintal, servindo para o lazer de alguma família, uma piscina de aproximadamente 10 metros de comprimento por 3 de largura ocupa há pelo menos quatro meses a calçada da Rua Itacuruça, no bairro Chácara Santa Letícia — região do Ouro Verd, em Campinas —, e preocupa moradores da redondeza e motoristas que trafegam na localidade. Além de se transformar em um potencial criadouro de mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti,a piscina ocupa parte da rua e leva perigo ao motorista.   Com as chuvas dos últimos dias, a piscina, rapidamente apelidada de “monstro” pela vizinhança, acumula água e leva preocupação em época propícia para a proliferação da dengue. Porém, ainda sem denúncia formalizada na Prefeitura, muitos vizinhos se sentem intimidados pela pessoa responsável em deixar a piscina na calçada. “Ela é um tanto agressiva. Ninguém chega perto dela. Ela revende móveis e tudo mais que pega na rua”, relatou uma moradora que não quis se identificar.   Não atende   A reportagem tentou contato com a proprietária da casa, mas ninguém atendeu aos chamados no portão, apesar de a janela estar aberta. Ao lado dela mora há uma semana o faxineiro Sebastião Lopes da Silva, de 60 anos, que não acha correto a piscina impedir o tráfego de pedestres na calçada. “Cheguei com um monte de sacolas e, se cai tudo no meio da rua, atrapalha muito. Fora a questão da dengue”, reclamou.     A mesma moradora que não quis revelar a identidade relatou que o objeto, com o fundo danificado e com as laterais imundas, estaria sendo vendido por R$ 10 mil. A vizinha relata que a moradora aluga quartos de sua casa e vive dessa renda. A cena inusitada de encontrar uma piscina no meio-fio é relatada pelo motorista Carlos Alberto Soares, de 50 anos, de Guarulhos, que transporta materiais para uma empresa instalada naquele bairro.   Risco do acidente   “Quase me envolvi em um acidente por causa dessa piscina. Precisei brecar para a passagem de outro carro quando veio outro atrás e por pouco não bateu”, lembrou.Já para a costureira Sara Souza Santos, de 29 anos, o “monstro” a impede de andar com as crianças pela calçada, o que torna o trajeto da creche para a sua casa bem arriscado. “Falta consciência da pessoa que deixa um negócio desses na rua. Precisamos atravessar a rua por que é muito arriscado passar ao lado dela (piscina)”, disse.   A Secretaria de Serviços Públicos informou, por meio da assessoria de imprensa, que encaminharia o caso para a Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Cofit), que irá até o local e entregará notificação à proprietária para que dentro de um prazo retire a piscina da calçada. Já a Empresa de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que fez a sinalização do local com a colocação de três cavaletes e uma fita zebrada, para “resguardar a passagem de pedestres”.

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