Primeiros mosquitos transgênicos foram soltos nesta quinta; mosquito dá origem a filhotes que morrem antes da fase adulta
Laborátorio Oxitec que produz mosquito da Aedes aegypti com transformação genética contra dengue; na imagem, Sofiar Bastos Pinto, biologa supervisora de produção ( Carlos Sousa Ramos/ AAN)
Piracicaba é a primeira cidade do Estado a utilizar a técnica dos Aedes Aegypti transgênico. Na manhã desta quinta-feira (30), o município deu início à segunda etapa do projeto piloto, que inclui a liberação dos mosquitos — 100 mil foram soltos no bairro Cecap, região com alto índice da doença. A tecnologia visa reduzir o número dos mosquitos transmissores da doença em até 80% no local. Por semana, serão soltos entre 800 mil e um milhão de filhotes machos produzidos em laboratórios – a ação deve ocorrer todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Os chamados “mosquitos do bem” não picam e nem transmitem a dengue. A empresa responsável é a Oxitec do Brasil, com sede em Campinas. O Aedes transgênico vive de dois a quatro dias. Para que não cheguem à fase adulta, eles são criados com uma disfunção genética.